“É essencial que as empresas sejam as principais destinatárias do PRR”

O presidente da Associação Comercial de Braga (ACB) defende que o tecido empresarial deve ser o principal foco das verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A ambição foi vincada esta quarta-feira, no Espaço Vita, na comemoração do 158º aniversário da ACB.
Para Domingos Macedo Barbosa, nesta fase de retoma económica é “crucial assegurar a liquidez das empresas, a manutenção do emprego, a retoma do investimento e a capitalização das empresas”. Por esse motivo, refere que o apoio ao setor tem de ser prioritário. “Na aplicação desses novos recursos financeiros é essencial que as empresas sejam os principais destinatários dos programas, medidas e projetos a implementar provenientes do PRR”.
O líder da ACB enaltece ainda que as moratórias, o diferimento das obrigações fiscais e contributivas das empresas, o lay-off e as linhas de financiamento para liquidez, investimento e capitalização são “fundamentais” nesta fase de relançamento da economia.
O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor não esteve presente na cerimónia, mas fez um intervenção através de um vídeo gravado. Segundo João Torres, o setor do comércio e dos serviços, assim como a restauração, vão “beneficiar de oportunidades de financiamento”, destacando o programa Portugal 2030, além do PRR. “Os grandes desafios que já enfrentávamos antes da pandemia e que agora se tornaram mais oportunos, como a transição verde e digital e a resiliência, fazem parte da nossa estratégia de retoma”, acrescenta.
Em breve, a Associação Comercial de Braga vai passar a designar-se Associação Empresarial de Braga, algo que merece o reconhecimento do secretário de Estado, destacando “a maior representatividade” que vai significar esta alteração. “Quero manifestar a minha plena disponibilidade de diálogo e de interação institucionais. Estou absolutamente convencido de que teremos muitas oportunidades para discutir e pensar o setor e, fundamentalmente, para materealizar políticas públicas que o possam tornar mais competitivo”, enaltece.
