Domingos Bragança mostra-se “desagradado” com trabalho da Resinorte

“Não aceitamos como normal os ecopontos estarem cheios e não serem recolhidos nas rotinas e nas excepcionalidades que o serviço exige”. A preocupação com o trabalho desenvolvido pela Resinorte foi vincada esta quinta-feira, na reunião de executivo municipal, pelo presidente da Câmara de Guimarães.

Antes do período da ordem de trabalhos, a oposição, através de Bruno Fernandes, alertou a autarquia para o facto de “a recolha de ecopontos não ser realizada com a cadência e com a periodicidade necessárias”, destacando que é algo que se verifica “há muito tempo”.

Para o vereador da coligação Juntos por Guimarães, está “a ser dado um sinal contrário aos vimaranensses”. “Estamos a incentivar a separação dos resíduos e depois não o conseguimos fazer porque o ecoponto está saturado. Por outro lado, estamos a criar uma imagem negativa naquilo que é um caminho que estamos a percorrer para um concelho ‘mais verde’ “, acrescenta.

Do lado da autarquia, Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente, explica que vários funcionários da Resinorte foram infectados com a Covid-19, o que limitou o trabalho nos últimos meses. Ainda assim, considera que essa situação não é desculpa para os problemas que a empresa tem demonstrado na recolha de resíduos. A mesma visão é acompanhada pelo presidente, que diz estar “desagradado” com a prestação da entidade responsável pelo serviço. 


Domingos Bragança refere que “não está em causa o serviço normal prestado pela Resinorte”, mas sim o facto de não se estar a atingir “o patamar de excelência” pretendido pelo município. “Há uma suficiência da prestação de serviços, mas não queremos o suficiente. Queremos o muito bom e a excelência. É isso que está em causa”, alerta.



Rescisão do contrato é hipótese mas para já não vai acontecer

Atendendo aos problemas reconhecidos pela autarquia, Bruno Fernandes considera que o contrato “poderá não estar ajustado àquilo que é a necessidade das freguesias” – no centro da cidade é a câmara que faz a recolha através da empresa municipal Vitrus – ou que “poderá não haver um cumprimento do contrato por parte da entidade concessionária” e aponta duas opções.

“Se o contrato não está a ser cumprido, a câmara tem os mecanismo legais ao seu dispor para fazer com que a Resinorte o cumpra. Por outro lado, se contrato não está ajustado, tem de fazer um reforço ou complementá-lo com o seu próprio serviço”, refere.

A parceria entre a Câmara de Guimarães e a Resinorte resulta de um acordo selado com a Associação de Municípios do Vale do Ave na qual a autarquia vimaranense se inclui. Face aos problemas expostos, Domingos Bragança admite a possibilidade de acabar com o contrato no futuro, caso continuem a existir “muitos pontos negros” na actuação da Resinorte e sejam visíveis “incumprimentos” relativamente ao que está estabelecido.


No entanto, coloca de parte a possibilidade de “rescindir e indeminizar a Resinorte só por vontade política”, alertando que a autarquia vai continuar a “expor as fragilidades” existentes no serviço para que a empresa “melhore o trabalho”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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