Direção do Museu dos Biscainhos estuda acesso a reservas visitáveis a partir da torre

A nova diretora do Museu dos Biscainhos, Alexandra Cerveira Lima, afirma que há um potencial a explorar neste espaço cultural, antecipando várias intervenções e transformações para os próximos tempos que podem catapultar os Biscainhos para um outro patamar.

Em entrevista ao Campus Verbal, Alexandra Cerveira Lima explicou que os próximos passos podem transformar as visitas ao equipamento no centro da cidade, notando que falta fazer “um trabalho muito significativo do ponto de vista patrimonial e museográfico”. A responsável refere os restauros das duas alas interiores e a requalificação da museografia como passos a dar, até porque “a ideia de replicar ambientes de época” é sempre atrativa para os públicos.


Museu mais acessível com instalação de elevador


No último ano foram recuperados as fachadas e o telhado do Museu dos Biscainhos e em novembro arrancam as obras nos jardins, cuja previsão de conclusão é de um ano, abrangendo o jardim formal, o pavilhão de jardim, templete, entre outros elementos arquitetónicos edificados.Estão previstos trabalhos de intervenção e restauro nas áreas de materiais pétreos, material azulejar, metais e rebocos. Concretamente, a intervenção vai decorrer em três fases, para que o espaço continue de portas abertas ao público.


O museu contará em breve com um elevador, assegurando a acessibilidade de todos aos restantes espaços. “O elevador permitirá que as pessoas acedam ao piso superior, à torre”. Nesta altura está a ser preparada a possibilidade de adjudicação do projeto ainda com a Direção Regional de Cultura, segundo Alexandra Cerveira Lima. Pretende-se, posteriormente, disponibilizar o acesso a reservas visitáveis na torre, revelou nesta mesma entrevista a diretora do espaço. “Estamos a fazer consultas a gabinetes de arquitetura no sentido de dar resposta à nova museologia que pretende ter uma interação muito mais inclusiva e abrangente com os públicos. Estes espaços que dantes eram inacessíveis ao público, as reservas, as áreas de armazenamento, cada vez mais se procura que haja um contacto também com esses espaços e com as coleções que estão em reserva”, detalhou, acrescentando que o objetivo é que na torre o público possa visitar essas reservas.

Entretanto, através do programa 2030 já está garantido um milhão de euros para investimentos no Museu dos Biscainhos. O mesmo valor foi também assegurado neste programa para o museu D. Diogo de Sousa.

No ano de 2022, o Museu dos Biscainhos contabilizou 57 mil visitantes. De janeiro a setembro deste ano, passaram pelo equipamento mais de 48.600 pessoas. Esta antiga casa senhorial está aberta diariamente ao público. O acesso ao jardim é gratuito.

A entrevista completa a Alexandra Cerveira Lima, diretora destes museus, no programa Campus Verbal, pode agora ser escutada em podcast. Nesta mesma entrevista a responsável apresentou o seu ponto de vista sobre a passagem do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa para a alçada da Museus e Monumentos de Portugal.

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Elsa Moura
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