Diana Sá Carneiro: “Não é possível a dança ficar limitada às tecnologias”

Ao contrário do habitual, devido à pandemia, o Dia Mundial da Dança, que se assinala esta quarta-feira, está a ser celebrado exclusivamente em formato online. Em entrevista à RUM, a propósito da efeméride, a directora da Ent’Artes fala de um período “bastante crítico” para esta área.
À imagem de outras academias similares, a escola de dança com sede em Braga e em Chaves está a utilizar o sistema de aulas à distância há cerca de um mês e meio. A cadência de sessões e os horários mantêm-se, através de uma plataforma digital, mas a dinâmica é distinta do que acontecia anteriormente.
Apesar de considerar que a “adaptação à nova realidade tem sido positiva”, Diana Sá Carneiro destaca que a dança “necessita de contacto” e, como tal, “não é possível ficar limitada às tecnologias”. “É realmente bastante triste. Ficámos com imensos projectos, performances e espectáculos parados. Não é possível apresentar um trabalho da forma que queremos”, acrescenta.
A vontade de toda a gente é “regressar o mais depressa possível”, de acordo com a directora da Ent’Artes. No entanto, Diana Sá Carneiro refere que “a saúde está acima de tudo” e que a retoma das aulas presenciais só vai acontecer quando estiverem reunidas as condições de segurança. “Vemos as coisas com muito cuidado. Não podemos arriscar de maneira nenhuma. Temos que lembrar que as aulas envolvem muita gente, incluindo crianças e jovens”.
A Ent’Artes conta com cerca de 250 bailarinos nas suas escolas. Além das aulas online, durante esta semana, a academia está a dinamizar o projecto ‘DANÇA +’ através de meios digitais, que incluiu masterclasses dadas por vários profissionais da área e exposições artísticas promovidas pelos alunos.
