DGS não confirma ultrapassagem do pico da pandemia. “Não podemos abrandar” 

“O que sabemos à data é que nos últimos dias tem havido uma estabilidade na curva real e na projectada”. A directora-geral da Saúde admite que os sinais são positivos, mas refere que “ainda não é possível saber se o pico ou o planalto da doença” já foi atingido em Portugal. Na conferência de imprensa diária relativa à situação da Covid-19 no país, Graça Freitas alertou que, apesar de a evolução do número de casos confirmados estar a ser favorável, pensar-se que o pior já passou “não pode ser um dado garantido”.

A responsável pelo organismo que supervisiona a Saúde explica que “as estimativas apontadas pelos cientistas são feitas com base em dados reais, com os diagnósticos que são feitos em cada dia (curva real)”. A partir daí e até chegarem à curva projectada, vão “acertando os valores porque se sabe que há pessoas assintomáticas com Covid-19 que podem não ser detectadas”.

Independemente de já ter havido ou não um pico, Graça Freitas avisa que, “caso se abrandem determinadas medidas, pode haver um segundo pico ou segundo planalto” e, assim, “a curva poderá voltar a subir”. “É preciso ter cautela e, portanto, não podemos abrandar”.

Já foram distribuídos 144 ventiladores em Portugal

Ao lado de Graça Freitas e de António Sales, secretário de Estado da Saúde, o presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para Covid-19 também marcou presença na conferência de imprensa.

João Gouveia adianta que, até ao momento, foram distribuídos 144 ventiladores, sendo que uma parte deles foi “entregue em determinados hospitais por vontade expressa dos doadores”. Os restantes destinaram-se a várias unidades hospitalares do país, “consoante critérios objectivos de efectividade, segurança e urgência”, definidos pela Direção-Geral da Saúde. “Estamos a dotar o país com meios nos locais onde são mais necessários, sempre que é possível”, garante.

O responsável pela task force direccionada para o combate ao novo coronavírus reconhece que existe “uma carência crónica de ventiladores, de monitores e de camas de medicina intensiva nível 3″, embora não deixe de destacar “o esforço global” que a comunidade tem feito. 

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Tiago Barquinha
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