DGS admite possibilidade de aulas à distância para o Ensino Superior

A diretora-geral da saúde admitiu hoje a possibilidade de aulas à distância para o ensino superior.
Na conferência de imprensa desta segunda-feira, Graça Freitas justificou que este é um grupo da população já mais capaz de fazer o seu ensino mais autonomamente e, dessa forma, pode proteger-se e proteger os outros de possíveis contágios. Os adolescentes aproximam-se do nível de transmissão que apresenta um adulto, justificou ainda.
O número reduzido de casos nas escolas, segundo a DGS, deve-se sobretudo a uma melhoria da comunicação e não há imposição de novas regras. “Temos melhorado a comunicação. Interessa realçar que felizmente as escolas têm sido locais relativamente seguros”, afirmou Graça Freitas.
Quanto à proibição de feiras, a DGS exorta a que se tenha “paciência” e “compreensão” para que se possa achatar a curva de infeções.”Não posso deixar de reconhecer que são um setor importante e com dificuldades”, acrescentou Graça Freitas. “O comércio tradicional é estável, fixo e tem as suas próprias regras, dando uma garantia de que as normas são cumpridas, ao contrário dos mercados móveis”, justificou.
No dia em que se regista o recorde diário de mortes em Portugal, Graça Freitas foi questionada sobre o
facto de a Covid-19 apenas explicar 27,5% do aumento da mortalidade. Segundo a directora-geral da saúde, só no ano civil seguinte será conseguido o apuramento de todas as causas. Foram colocadas codificadoras a estudar essas causas e a Saúde recorreu a um sistema semi-automático que não dará certezas, mas dará pistas sobre as restantes causas de mortalidade, o que não quer dizer que dentro de semanas não haja já dados preliminares sobre quais serão as maiores causas de morte em 2020, apontou a responsável da DGS.
Há cerca de 66 500 portugueses em isolamento profilático
Graça Freitas responde por que não são divulgados os dados diários por concelhos dizendo que os métodos estão a ser melhorados. Serão divulgados os dados por 15 dias (incidência acumulada durante duas semanas).
De acordo com a DGS, o Sistema Nacional de Saúde está sobrecarregado, mas cerca de 96% dos casos ativos estão a ser acompanhados em casa e há cerca de 66 500 cidadãos em isolamento profilático por terem tido contacto com doentes.
A divisão de equipas em espelho “é uma boa tática, é o desejável”, mas há outras estratégias que podem ser adotadas, em caso de impossibilidade, salienta a DGS.
Apesar de a maioria dos internados em unidades de cuidados intensivos serem idosos, Graça Freitas avisa que “os jovens também não estão imunes a ter doença grave”.
Quanto ao pico desta segunda fase, ainda não é possível prever.
c/TSF
