“Devemos ter todos os alunos a usufruir do ensino à distância até à próxima semana”

O executivo municipal de Guimarães aprovou esta segunda-feira a transferência de 200 mil euros para os 14 agrupamentos e para as duas escolas secundárias do concelho. No total, cada estabelecimento vai receber 12.500 euros para adquirir material informático.
A autarquia já entregou, na modalidade de empréstimo, 500 tablets a alunos do primeiro ciclo. Até sexta-feira, de acordo com a vereadora da Educação, vão ser atribuídos mais 500, desta feita com acesso à internet. Já o novo apoio, destinado aos restantes anos, desde o 5º ao 12º, vai permitir a cada escola ou agrupamento comprar entre 30 e 40 equipamentos informáticos. “Devemos ter todos os alunos ligados à internet e a usufruir do ensino à distância, no limite, até ao final da próxima semana”, perspectiva Adelina Paula Pinto.
Do lado da oposição, Bruno Fernandes considera que, “se a ideia era atribuir um valor igual a cada estabelecimento, não era preciso esperar três semanas”. O vereador da coligação Juntos por Guimarães vai mais longe e fala num “critério duplo” usado pela autarquia. “O município é muito rápido, por exemplo, a comprar palmeiras que não têm qualquer utilidade. Para comprar material tecnológico, aí é preciso refletir muito”.
Adelina Paula Pinto discorda do reparo feito pela oposição, destacando a quantidade de material que o executivo adquiriu e vai proporcionar aos alunos mais carenciados – entre 1.400 e 1.700 equipamentos informáticos. “Se isto não é uma resposta em estado de emergência, não sei o que será”, refere, acrescentando que foi “articulada com os presidentes dos agrupamentos e das escolas secundárias de forma a garantir que nenhuma criança ficasse prejudicada”.
CM Guimarães planeia pós-pandemia
Bruno Fernandes questionou também a autarquia sobre o motivo de todas as escolas receberem a mesma verba, alertando para a eventualidade de existirem agrupamentos que podem ter um maior número de alunos carenciados em comparação com outros.
Na resposta, Adelina Paula Pinto explicou que se trata igualmente de “uma oportunidade para preparar o pós-Covid 19”, referindo que “a maior parte das escolas estava a precisar de um reforço de tecnologia”.
Admitindo que nem todos os agrupamentos e escolas secundárias utilizem nesta fase de pandemia a globalidade do valor atribuído pela autarquia, a vereadora da Educação acredita que essa “folga” beneficiará os estabelecimentos, na medida em que a vão poder aproveitar para outros gastos que tenham no futuro.
