“Desconfinar não é descontrair. A nossa saúde continua a depender dos outros”

Na conferência de imprensa desta segunda-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, adiantou que este domingo chegaram 60 ventiladores a Portugal, provenientes da China e que são”cruciais para aumentar a capadidade de resposta dos Cuidados Intensivos”. O governante deixou ainda a indicação que “nas próximas semanas continuarão a chegar mais equipamentos”. 


“Desde o dia 1 de Março, foram realizados em Portugal mais de 745 mil testes à Covid-19 e de 1 a 23 de Maio foram feitos, em média, cerca de 13.700 testes por dia. Neste momento, há 87 laboratórios a fazer testes, 37 no Serviço Nacional de Saúde, com entrada de laboratórios do Centro Hospitalar do Médio Ave (Vila Nova de Famalicão/ Santo Tirso) e do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim, 26 nos privados e 24 outros que envolvem a academia e o laboratório do exército”, detalhou o secretário de Estado, acrescentando que “44,7% dos testes foram realizados nos laboratórios públicos, 40,2% laboratórios privados e 15,1% outros laboratorios”.


“Desconfinar não é descontrair. Normalizar não é desresponsabilizar, temos o dever cívico de nos protegermos e protegermos os outros. A nossa saúde continua a depende dos outros “, avisa Lacerda Sales.

Apenas 6 das 14 mortes do boletim de hoje ocorreram nas últimas 24 horas

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu que os certificados de óbito são sempre emitidos pelos médicos. Nos últimos dias, se o paciente que morre tinha sintomas compatíveis com Covid-19, o falecimento pode ser assinalado como um caso de morte com o vírus, vindo depois a ser desmentido pelo resultado dos testes, sendo que o contrário também pode acontecer.

Já o secretário de Estado da Saúde explicou que apenas seis das 14 mortes de Covid-19 incluídas no boletim epidemiológico desta segunda-feira ocorreram nas últimas 24 horas. “Os restantes oito óbitos resultam da verificação dos certificados de óbitos levado a cabo pela DGS”, disse António Lacerda Sales.



“O problema das altas sociais não vem só de agora”

Num comentário aos dados do Barómetro especial sobre internamentos sociais, da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), que dizem que “quase 20% dos doentes curados ficaram a ocupar uma cama, sem necessidade, durante cerca de duas semanas”,  o secretário de Estado garante que o estudo também reflecte “uma maior referenciação de doentes para a rede de cuidados continuados e o tempo de resposta é também mais rápido”.


“É normal que nos preocupem estes doentes. Estamos a trabalhar com a Segurança Social e com o terceiro sector (solidariedade social)”, explicou. 

Segundo o governante, “foram autorizadas cerca de 560 camas” nos serviços de cuidados continuados, 

“O problema das altas sociais não vem só de agora. Já nos preocupa há muito tempo e é normal que se tenha agudizado”, disse ainda Sales.

“São sempre necessárias mais políticas sociais de apoio, quer às famílias, quer aos idosos”, garante o secretário de Estado da Saúde.

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Liliana Oliveira
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