Curso de CC não descarta uniformizar transmissão das aulas presenciais
A direcção do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho “não põe de parte” a possibilidade da totalidade das aulas presenciais passarem a ser transmitidas em directo. No entanto, garante que não recebeu qualquer alerta sobre a situação de alguns alunos em isolamento profilático se sentirem prejudicados.
Cerca de 20 estudantes do terceiro ano da licenciatura encontram-se impedidos de sair de casa: seis por estarem infectados com o novo coronavírus e os restantes por terem estado em contacto com pessoas contagiadas. Face ao avolumar do número de casos, a delegada de turma explica que marcou reuniões com os professores para “alertar para o problema”.
No entanto, se “alguns docentes mostraram flexibilidade e começaram a transmitir as aulas”, outros, de acordo com Clarisse Monteiro, “recusaram-se por não ser ético e por ser bastante difícil mudar os moldes das aulas de um dia para o outro”.
Contactada pela RUM, a directora do curso garante que não foi recebido qualquer pedido de esclarecimento ou reclamação” sobre a transmissão das aulas por parte destes alunos. “Nos outros anos do curso já houve algumas solicitações, que foram encaminhadas, num espírito de diálogo que sempre foi a nossa constante. No entanto, no que diz respeito ao terceiro ano, a direcção do curso não recebeu qualquer feedback”, acrescenta.
Ana Melo explica que “existe uma série de recomendações para acompanhamento específico do alunos que ficam impedidos de participar presencialmente nas aulas” e reconhece que “a transmissão em directo não está totalmente posta de parte, sendo uma das várias estratégias possíveis”.
Sobre o facto de os docentes terem optado por modelos diferentes, a responsável pelo curso de Ciências da Comunicação refere que “poderá haver uma tentativa de uniformização”. Ainda assim, destaca que é “preciso um tempo de adaptação para que depois se criem estratégias concertadas”. “Uma situação que nos é colocada na segunda ou na terça-feira [aumento do número de casos] não pode estar resolvida na semana seguinte”, afirma.
