“Cuidar em parceria” já ajudou 300 cuidadores informais 

O Hospital de Braga tem desde 2017 um projeto que ajuda as famílias no processo de aprendizagem de como ser cuidador informal. Chama-se “Cuidar em parceira” é já auxiliou mais de 300 pessoas.

No Dia do Doente, que se celebra esta sexta-feira, 11 de fevereiro, a RUM conversou com a enfermeira Elisabete Pinheiro para perceber como funciona esta iniciativa.

“O hospital acaba por ser a porta de entrada para um primeiro confronto”.


Na maioria dos casos, as famílias acabam por ser apanhadas desprevenidas pois não têm consciência que num curto espaço de tempo terão de encontrar um membro que se torne cuidador informal caso não optem pela institucionalização. Os casos mais frequentem resultam de quedas de idosos, AVC que torna o doente hemiplégico ou mesmo acidentes graves com jovens.

Caso a caso a equipa de enfermeiros do Hospital de Braga que está a acompanhar o doente irá ajudar o agora cuidador informal na sua formação. Cada caso é um caso, logo os profissionais tentam passar os conhecimentos mais prementes para cada situação. “Como fazer os cuidados de higiene, medidas para evitar quedas ou como posicionar o doente para evitar úlceras de pressão”, entre outros. A equipa está disponível das 9h00 às 20h00.

De frisar que este trabalho é feito durante o período de internamento do doente. Após a alta, o Hospital de Braga disponibiliza um contacto telefónico de Apoio ao Cuidador Informal que está disponível das 9h00 às 15h00.

Enfermeira do Hospital de Braga pede mais atenção para os cuidadores informais.

“Corremos o risco de passado algum tempo ter dois doentes”. Este é o alerta deixado aos microfones da RUM por Elisabete Pinheiro. Ser cuidador informal, principalmente de paciente totalmente dependentes, é uma tarefa árdua que, para pessoas sem apoio familiar, pode comprometer acabar por comprometer a sua saúde mental.

A enfermeira defende a criação de uma “Rede de Substituição Temporária” para que os cuidadores informais possam, a título de exemplo, durante duas horas de manhã ou à tarde, sair para ir a uma consulta “tantas vezes adiada” ou simplesmente aproveitar para socializar.

A enfermeira dá o exemplo dos isolamentos por infeção por covid-19 para chamar à atenção para o facto de durante anos o isolamento em casa ser a realidade de muitos cuidadores informais.

No site do Hospital de Braga está disponível informação sobre os apoios sociais, mas também artigos que podem ajudar na questão da saúde mental.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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