“CRUSOE está a definir-se como como um elemento de lobby dentro da UE”

Quatro anos depois de ter assumido o cargo de presidente da Conferência de Reitores das Universidades do Sudoeste da Europa (CRUSOE), o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, passou a pasta a Ángel Pazos, reitor da Universidad de Cantabria.

A eleição do novo líder do CRUSOE decorreu esta sexta-feira, no Largo do Paço, em Braga.

Depois da criação de um grupo de trabalho ligado à digitalização do património cultural, na 13.ª Assembleia-geral da rede CRUSOE foram formalizados mais três grupos, um deles liderado pela Universidade do Minho. Eugénio Campos Ferreira estará no comando do grupo dedicado aos sistemas agroalimentares competitivos. Além disso,

a Universidade da Coruña lidera o grupo que desenvolve investigação em torno da energia sustentável e a Universidad de Cantabria o da mobilidade inteligente. Os próximos grupos de trabalho especializado vão dedicar-se à digitalização, saúde e água. Os temas a ser trabalhados, esclareceu o novo presidente, são pensados em articulação com os governos regionais, tendo em conta as necessidades e potencialidades de cada território. “Em todos esses grupos, estamos a desenvolver atividades de formação, como mestrados e doutoramentos”, acrescentou.

Ángel Pazos terá como objetivo reforçar o “intercâmbio de pessoas, professores, pessoal e estudantes entre as universidades da rede”. “O CRUSOE está a definir-se como como um elemento de lobby dentro da União Europeia e é por aí que temos que seguir”, reforçou. O reitor espanhol quer que esta rede seja capaz de lutar pelos seus interesses, na União Europeia.

 CRUSOE representa um “potencial de investigação comparável aos grandes centros de conhecimento” 

 

Rui Vieira de Castro que abandona a liderança da Conferência refere que, “apesar das circunstâncias difíceis”, a rede conseguiu “dar passos importantes na concretização dos objetivos”, abordando temas “de enorme relevância académica, social e económica” e que ajudam a dar respostas aos desafios da sociedade. “O futuro que podemos antecipar claramente justifica a aposta que foi feita”, salientou o reitor da Universidade do Minho.

“Queremos deixar cada vez mais vincado no contexto europeu a importância deste subsistema universitário, que corresponde ao Sudoeste Europeu”, sublinhou. 


Rui Vieira de Castro notou ainda que “a resposta aos desafios tem que ser alinhada com aquilo que são as prioridades definidas no contexto europeu, designadamente pela União Europeia”. “A nossa capacidade de resposta vai aumentar tanto mais quanto nós conseguirmos escalar os recursos, articulando centros de investigação, que terão, de facto, outra capacidade de resposta, diferente daquela que teriam, se continuassem a atuar de forma mais isolada”, explicou. As 23 universidades que integram a rede, diz o diretor executivo, Salustiano Mato, representam “uma massa crítica e potencial de investigação académica comparável aos grandes centros de conheciemnto da Península, como Madrid, Barcelona ou Lisboa”.

O CRUSOE pretende ainda “promover um espaço de colaboração com a Secretaria de Estado da América Latina-Caribe, para internacionalizar as capacidades conjuntas”.

No total, estão já envolvidos mais de 300 grupos de investigação das universidades portuguesas e espanholas, que vão tornar esta macrorregião mais competitiva na Europa.

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Liliana Oliveira
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