“Criar barreiras no acesso à educação não vai resolver o problema da emigração jovem”

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) condena a posição transmitida pelo novo presidente da Escola de Economia e Gestão (EEG) de que as propinas devem ser aumentadas para travar a emigração jovem.
Esta quarta-feira, em entrevista ao jornal ECO, Luís Aguiar Conraria argumentou que, se os estudantes continuarem a sair, o investimento no sistema educativo português só irá beneficiar os outros países. Ora em reação, a AAUMinho promoveu, esta quinta-feira, na entrada da EEG, uma ação de protesto.
Em declarações à RUM, a presidente da estrutura estudantil, Margarida Isaías, mostrou-se “preocupada”, frisando que não é dificultando o aceso ao Ensino Superior que se vai resolver a emigração. “Não consideramos que é o aumentar da propina ou criar barreiras maiores no acesso à educação, que é um tão importante elevador social e económico, tanto das famílias como do próprio país, que vamos resolver este problema da emigração”, reivindicou.
No seu entender, os problemas que levam os jovens a emigrar prendem-se com as “dificuldades em encontrar emprego no país, os problemas da habitação e aos baixos salários”. Desta forma, reter o talento no país, segundo a presidente da AAUMinho, passará por medidas de fixação, nomeadamente ações direcionadas ao combate do desemprego jovem e dos baixos salários.
No final da mobilização a AAUMinho reuniu com o presidente da EEG para apresentar o comunicado e discutir o tema. Na conversa, ambas as partes concordaram de que “o aumento da propina não é uma medida que resolve a emigração jovem”. No entanto, diz a associação em comunicado, “divergimos na opinião de que tal deve ser considerado no caso de não se resolver o problema da emigração em massa por parte dos jovens formados no Ensino Superior português”.
A posição da AAUMinho foi também transmitida em comunicado.
