Crescimento de 1% “é fiável” mas “não podemos ser demasiado optimistas”

Portugal registou apenas, nas últimas 24 horas, mais 181 casos de infecção por Covid-19, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 1%, e a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, garantiu que o número “é fiável e corresponde à realidade”.

Na habitual conferência de imprensa diária da Direcção-Geral da Saúde e do Governo, Graça Freitas salvaguardou que os números de hoje têm ser olhados com “cuidado”.

“Não podemos olhar apenas para um dia, mas para uma série temporal. É consistente com o planalto, a descida do planalto, e as projecções que têm sido feitas pela academia. Temos que esperar mais uns dias, não podemos ser demasiado pessimistas quando aumenta nem demasiado optimistas quando há uma redução. Vamos olhar com a cautela com que temos sempre olhado”, afirmou a Directora-geral da Saúde.

Sobre pacientes internados que possam ter contraído o vírus nesse ambiente hospitalar, Graça Freitas afirma que as autoridades têm tido “muito menos relatos” desse tipo de transmissão, devido à criação de circuitos diferentes nos hospitais que possibilitam o isolamento dos doentes covid-19.

“Não existe situação uniforme de Norte a Sul”

Questionada sobre se as medidas implementadas no Norte do país, a região mais afectada, poderão vir ou não a ser alteradas, a diretora-geral da saúde garantiu que existem “realidades regionais e locais diferentes” e que não existe uma “situação uniforme de norte a sul”.

No Norte existem focos mais intensos da doença, separados geograficamente. “A avaliação do risco é sempre da responsabilidade das autoridades de saúde territorialmente competentes”, afirmou, referindo que as decisões são tomadas em conjunto com as autarquias e com os mecanismos municipais de protecção civil. O acompanhamento destas situações é feito a nível nacional. “É sempre uma decisão local e regional, depois é submetida a nível nacional.”

 “Temos de tentar voltar à nossa actividade social e económica, mas de forma equilibrada”

Todas as medidas preconizadas pelos países servem para que os países “possam sair deste período do confinamento”, mas Graça Freitas realça que, mesmo aí, vai ser necessário continuar com todos os cuidados.

A directora-geral realçou que “é preciso incorporar estas medidas” no dia-a-dia para contrariar a proliferação do vírus, recordando as várias medidas que a DGS e as autoridades internacionais têm recomendado, como a lavagem regular das mãos, o distanciamento social ou a utilização de luvas e, em determinados casos, de máscaras. Graça Freitas realçou que as autoridades têm “insistido muito na limpeza das superfícies”, uma vez que o vírus subsiste várias horas, caso não haja essa higienização.

Detectar, isolar e procurar contactos para quebrar cadeias de contágio terão de ser os esforços principais das autoridades de saúde para combater a expansão do novo coronavírus. “Vai ser deste equilíbrio que vamos mitigar” o impacto do vírus e voltar a ter actividade social e económica “o mais próximo possível” do que o país tinha antes da pandemia.

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