Covid-19. Rio defende medidas mais duras para diminuir circulação na via pública

O presidente da Câmara Municipal de Braga defende uma restrição efectiva à circulação de pessoas devido à pandemia de Covid-19. Isto devido ao facto de vários bracarenses terem optado por visitar o santuário do Bom Jesus do Monte, este domingo, quando as indicações do Governo aconselham o distanciamento social para mitigar a propagação do novo coronavírus. Recorde-se que a cidade dos arcebispos contabiliza 52 casos confirmados e três óbitos. 

Ricardo Rio caracteriza as medidas do executivo central como “soft”, ou seja, leves o que acaba por resultar em comportamentos inapropriados para o momento de combate que todo o país e mundo está a viver. Mesmo assim o autarca decidiu avançar com a revogação do “horário zero” aplicado pela autarquia, apesar de considerar uma medida mais restritiva Ricardo Rio considera que o município não deve sobrepor medidas às resultantes da declaração do estado de emergência. O edil acredita que nos próximos dias o executivo de António Costa irá implementar novas restrições. 

O vereador socialista acusa o presidente do município de “incoerências”. Para Artur Feio o executivo tem passado uma mensagem confusa aos bracarenses, isto porque um jornal local escreveu na semana passada que “Os TUB não transportam coronavírus”. Uma premissa que o socialista garante ter partido do executivo liderado por Ricardo Rio e que “incentiva à movimentação de pessoas pela cidade”. 

O presidente da Câmara Municipal de Braga refuta todas as acusações declarando que “não faz capas de jornais”. 

Por outro lado Carlos Almeida, vereador da CDU, absteve-se de polémicas e mostrou estar de acordo com as medidas implementadas pelo executivo municipal. O comunista afirma que este deve ser um momento de união, logo a autarquia não deve implementar restrições adicionais ao Governo.

Partidos da oposição pedem adiamento da Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico.


A proposta foi realizada pelo vereador do PS, Artur Feio, que alertou para o facto de não ser certo que a pandemia do novo coronavírus seja algo para mais três ou quatro meses ou que irá acabar por afectar todo o ano de 2020. Uma preocupação partilhada pelo comunista Carlos Almeida que aproveitou, no entanto para criticar o que considera ser uma falta de apoio da parte do Eixo Atlântico na transferência de verbas para o desenvolvimento de actividades. 


Em reunião do executivo municipal foi ainda rejeitada pela maioria da coligação Juntos por Braga a supressão da taxa turística. Além disso, Ricardo Rio apelou aos profissionais de saúde que procurem os locais disponibilizados pela autarquia e pela Arquidiocese para aqueles que não pretendem deslocar-se para as suas habitações por questões de segurança.

 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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