Covid-19: “Não é compreensível que haja um atraso tão significativo no diagnóstico nos lares de idosos”

“Não é compreensível, quer seja no norte do país como no sul, que haja um atraso tão significativo no diagnóstico de covid-19 principalmente nos lares”, a premissa é defendida pelo deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo de Braga, José Maria Cardoso. À margem da conferência de imprensa, que decorreu por videoconferência, o bloquista defendeu que este não é o tempo de entrar em “guerras”, uma vez que o vírus afecta todo o país de forma intensa.

O deputado frisa que existem, infelizmente, vários lares em Portugal que não oferecem as mínimas condições, logo “trata-se de uma área de intervenção prioritária”, sublinhando que os testes devem ser feitos quer em lares públicos como privados”. Recorde-se que o programa de acréscimo de testes para o diagnóstico da covid-19 em lares de idosos do país, lançado a 3 de Abril pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, foi alvo de críticas da parte dos autarcas que integram a CIM do Ave e Cávado. Os presidentes declararam não entender o motivo que tinha levado à exclusão da região, com mais pessoas afectadas, desse programa. O deputado diz compreender as questões ” que são legítimas”, porém não entra em disputas por testes.

A Distrital do Bloco de Esquerda apresentou, esta quinta-feira, um documento que propõe aos 14 concelhos do distrito de Braga uma maior articulação na aplicação de medidas quer seja no sector da saúde, transportes ou comércio.

Regionalização: Para o bloquista esta é a ferramenta indicada para constituir o equilíbrio nas tomadas de decisão. Trata-se de um poder intermédio que seria, por um lado, “supramunicipal” de modo a certificar que nenhum município eleva os seus próprios interesses e, simultaneamente, “subnacional” fazendo a ligação entre o poder local e o poder central.

Falta de resposta ao nível dos transportes: Este é um dos exemplos, segundo o Bloco de Esquerda, da falta de cooperação entre os municípios. José Maria Cardoso refere que várias empresas privadas da região suprimiram os transportes deixando assim várias pessoas sem opções para as suas deslocações entre concelhos. “As autarquias têm de assegurar essa mobilidade”, declara.


Requisição civil: O bloco volta a exigir que esta acção por parte do Governo. “Todas as áreas de intervenção ligadas à área da saúde devem estar disponíveis para atender às necessidades da população. Para além disso o bloco recomenda a criação de gabinetes de apoio para analisar o desgaste emocional dos seus cidadãos ou mesmo responder às suas angústias e receios devido à pandemia.

Criação de uma rede de apoio social: Segundo a deputada Alexandra Vieira o surto pandémico de covid-19 e a crise que o mesmo está a criar ao nível financeiro fizeram surgir as fragilidades do modelo de apoio social implementado há sensivelmente quatro anos. Quer a rede municipal como inter-freguesias desconhecem a real condição de vários cidadãos. A bloquista adianta que são as próprias pessoas que entram em contacto com as IPSS´s, uma vez que nem as juntas nem as câmaras sinalizaram os problemas dessas famílias. “Continuam a viver na sombra” contudo existem relatos de cidadãos já sem acesso a comida e medicamentos. Alexandra Vieira considera urgente a criação de uma rede de articulação nesta situação de emergência. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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