Covid-19. Grupo prioritário da vacinação engloba 950 mil portugueses

A vacinação contra a Covid-19 arranca em Janeiro de 2021. O grupo prioritário engloba “pacientes com 50 ou mais anos com pelo menos insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória com necessidade de apoio”.

Fazem também parte do grupo de risco “residentes em lares, internados em unidades de cuidados continuados, profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados e profissionais de serviços essenciais”.

O Segundo grupo prioritário é composto por pessoas com 65 ou mais anos e pessoas entre 50 anos e os 64 anos com patologias pré-existentes;

Primeira fase engloba 950 mil pessoas

A primeira fase de vacinação deve chegar a 950 mil pessoas, com a segunda a ser alargada a 1,8 milhões de pessoas “com mais de 65 anos”, exceto as vacinadas na primeira fase.

A terceira fase deve ser encarada como “o resto da população”. Tal pode não acontecer se o ritmo de fornecimento das vacinas for mais lento do que o esperado.

Vacinação arranca em janeiro

“Em janeiro começará a vacinação dos portugueses”, vaticina Francisco Ramos, que diz ter “segurança suficiente” para o afirmar. Não é, no entanto, possível definir o dia exato.

A primeira fase de vacinação pode ir de janeiro a março, no pior dos casos de abastecimento.

Perspetiva-se que, após o primeiro trimestre de 2021, o número de doses de vacinas disponíveis aumente.

Vacinas administradas pelo SNS

A vacinação será feita nos centros de saúde, em mais de 1200 pontos de vacinação, mas também nos lares e em unidades de Cuidados Continuados.

Nestes últimos casos, serão as “próprias equipas de enfermagem” a fazer a vacinação, algo que também acontecerá nos lares com capacidade para tal.

Depois de revelada a velocidade a que as vacinas serão distribuídas na Europa, será “redefinada” a rede de pontos de vacinação.


Portugal tem acordo com seis fabricantes para receber 22 milhões de vacinas

Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed explicou que foram celebrados vários “acordos de aquisição” nos últimos meses, vincando a preocupação de assegurar um “portfólio alargado” de vacinas.

“Neste momento há seis acordos concluídos. O primeiro foi o da AstraZeneca, a 14 de Agosto, que tem 6,9 milhões de doses para Portugal. O segundo com a Sanofia/GSK, onde não estão definidas doses. Com o grupo Johnson&Johnson, celebrado em em Outubro, prevê 4,5 milhões de doses para Portugal. O da Pfizer 4,5 milhões. O da CureVac, o valor está praticamente acertado entre quatro e cinco milhões. O último contrato assinado, o da Moderna, tem uma quantidade mais pequena, 1,8 milhões de doses”, explicou o presidente do Infarmed.



Plano depende da “produção industrial” e da EMA

O primeiro-ministro reforça também que todo o plano está dependente da “produção industrial” e alerta também que, se a Autoridade Europeia do Medicamento (EMA) não aprovar a primeira vacina a 29 de dezembro, em janeiro não haverá nada em Portugal.

O plano de vacinação tem seis componentes e define grupos prioritários.

Os objetivos do plano são os de “reduzir a mortalidade e os internamentos, sobretudo em unidades de Cuidados Intensivos”. 

Controlar surtos nas populações mais vulneráveis e minimizar o impacto no SNS e economia são outros dos objetivos definidos.

Os grupos prioritários foram definidos de acordo com os efeitos produzidos pela doença, em especial a idade (mais de 50 anos) e a existência de comorbilidades.

Registo eletrónico “terá de ser robustecido”

O registo de vacinas eletrónico “terá de ser robustecido” para que se saiba “em cada momento” quem foi ou não vacinado.

É também objetivo que “quem tome a primeira dose fique imediatamente com a segunda dose marcada”.

Deve ser instalada um sistema de “chamada de pessoas”, privilegiando a identificação dos doentes de risco pelos centros de saúde. A declaração médica será uma alternativa viável para quem não utilize centros de saúde.

Vão também ser preparados estudos para avaliar a evolução clínica e a efetividade das vacinas administradas.

Um ponto centralizado de informação

A taskforce quer ver criada uma página de internet onde esteja “toda a informação” sobre a vacinação para quem a procure, complementada por linhas telefónicas “com robustez”. O plano tem de estar “permanentemente disponível”.

Há luz ao fundo do túnel, mas o túnel é longo e “bastante penoso”

O primeiro-ministro alerta que, apesar da luz ao fundo do túnel, o túnel é “ainda muito longo e bastante penoso”.

Os 22 milhões de vacinas vão chegar “gradual e escalonadamente ao longo de todo o ano de 2021”, o que obriga a estender a operação de vacinação por todo o ano.

c/ TSF e Público

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