Contas de 2024 das empresas municipais de Braga aprovadas por maioria  

As contas das empresas municipais foram aprovadas, na reunião de Câmara desta segunda-feira, com o voto contra do PS e a abstenção da CDU.

O vereador socialista, Artur Feio, criticou “o baixo índice de execução, sobretudo da Agere, que tinha previsto, em 2024, grandes investimentos e nada foi concretizado”. No que diz respeito aos Transportes Urbanos de Braga, o PS criticou a “não execução de tudo aquilo que era previsto no projeto do BRT (Bus Rapid Transit). A Faz Cultura está no entender dos socialistas “sobredimensionada, nomeadamente do ponto de vista dos recursos, com implicância direta nos custos”. Em sentido inverso, Artur Feio defende que a BragaHabit necessita de “mais suporte humano”, uma vez que os pedidos estão com atraso de resposta de cerca de “três meses”. Ainda sobre a empresa municipal de habitação, o PS evidenciou o “aumento significativo de apoios aos bracarenses” e desafiou a BragaHabit a recuperar o centro urbano, “que está bastante devoluto”.

Do lado da CDU, Vítor Rodrigues criticou sobretudo as opções tomadas pela BragaHabit. “O município sempre se recusou e tomou a opção, a nosso ver errada, de não construir habitação pública. São apoiadas cerca de 2.500 famílias com vários instrumentos de apoio, o que é manifestamente pouco, relativamente à crise que estamos a atravessar”, apontou o comunista.

Na AGERE, Vítor Rodrigues aponta “investimentos essenciais que foram sendo prometidos ao longo destes anos e estão ainda por concretizar”. Quanto aos Transportes Urbanos de Braga, o vereador da CDU acredita que, tendo em conta os resultados da “revisão da política tarifária, com mais pessoais a utilizarem os TUB, se podia ir ainda mais longe, nomeadamente com uma coroa única”.


O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, enalteceu o trabalho “muito bem desempenhado pelas várias estruturas municipais”. “Acho que é justo reconhecer esses méritos”, disse o autarca, frisando a “qualificação e a modernização destas empresas”, bem como “o alargamento das respostas que têm dado em cada uma das suas esferas de competência”.

Para Ricardo Rio, “as empresas municipais deram um salto qualitativo exponencial, no rigor com que foram geridas”. O líder do executivo de direita aponta a “resultados excecionais” e nega a falta de investimentos em empresas como a AGERE. “Foram sendo diversos e necessários, alguns deles traduzindo mudanças radicais, como é o caso do sistema de contentorização”, exemplificou.

Rio percebe e concorda com a preocupação do PS relativamente “ao futuro dos recursos na Faz Cultura, que foi estruturada para acorrer a desafios concretos”. “A Cultura tem que ser sempre uma grande aposta de qualquer executivo de Braga e futuras administrações vão ter que fazer uma gestão rigorosa dos recursos”, disse o autarca.

Em matéria de mobilidade, Ricardo Rio focou a atenção no BRT, lembrando que se trata de um projeto “muito exigente, que tem vindo a sofrer entropias de ordem diversas e que não dependem dos TUB e do município”. “O desenho urbano que o BRT vai exigir carece de diálogo com entidades terceiras, como é o caso da IP, que não têm corrido tão bem como com a Universidade do Minho”, finalizou. 

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Liliana Oliveira
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