Consórcio EPIC quer implementar salas de aprendizagem ativa

Até ao final do ano, o consórcio para a Excelência Pedagógica e Inovação em Cocriação (EPIC), quer implementar um modelo comum de sala de aprendizagem ativa. Um sistema semelhante ao utilizado na sala André Cruz de Carvalho da Universidade do Minho, que irá permitir uma maior presença da Inteligência Artificial em sala de aula.
Esta quinta-feira, a UMinho foi o local escolhido para a terceira reunião do consórcio que deu o pontapé de saída para o Fórum desta sexta-feira, 31 de janeiro.
Em declarações à RUM, o coordenador do EPIC, o pró-reitor para Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica da UMinho, Manuel João Costa, avança que estas alterações estão a ser pensadas para todas as instituições para que todas tenham a possibilidade de viverem experiências pedagógicas atuais, inovadoras e de futuro.
Além disso, as seis instituições estão empenhadas na organização de Hackathons, sendo que o primeiro deverá acontecer no IPCA, entre os meses de Abril e Maio. O objetivo, segundo o responsável, passa por cativar os estudantes para participar nestas discussões.
Recorde-se que o EPIC, composto pelas universidades do Minho, Aveiro e Beira Interior e os Institutos Politécnicos do Cávado e Ave, Leiria e Viana do Castelo, representam 72 mil alunos e 6 mil docentes do Norte e Centro do país.
Outra das novidades em que estão a trabalhar diz respeito a um Banco de Recursos de Inovação Pedagógica. A ideia é que seja uma plataforma em que num clique será possível aceder ao percurso pedagógico de um docente. “Para efeitos de progressão na carreira precisam de dar conta daquilo que é o seu percurso pedagógico, neste momento não existe um local onde as pessoas possam ter acesso a tudo e perceber em que áreas devem investir”, explica.
O Consórcio EPIC é financiado em 3,75 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta sexta-feira, a UMinho acolhe a 1ª edição do Fórum EPIC que contou com mais de 150 de participantes, alguns externos à rede.
Depois de um ciclo completo de formações, o consórcio partilhou experiências ao nível da inovação pedagógica e, simultaneamente, promoveu a transparência dentro do grupo com os primeiros resultados nos percursos + Digital, + Rede, + Plural e + Estudante.
O Fórum EPIC deu ainda a conhecer o recém-criado Conselho Nacional de Inovação Pedagógica no Ensino Superior (CNIPES) que será presidido por Patrícia Rosado Pinto. Este serviço pretende massificar as boas práticas no que toca à inovação pedagógica dentro e fora das salas de aula.
A equipa, que contará com quatro conselheiros internacionais, irá criar métricas de avaliação, de modo a cativar cada vez mais a comunidade académica nacional para estas questões. A tomada de posse está agendada para 14 de fevereiro, em Lisboa.
