CNE e especialista em saúde internacional garantem que “votar é seguro”

A Comissão Nacional de Eleições apela aos eleitores que exerçam o seu direito de voto, no próximo domingo, com “serenidade e civismo”. “Cabe a cada cidadão compatibilizar o exercício do seu direito com o direito à vida e à saúde dos demais e, nessa medida, observar as recomendações aplicáveis dos especialistas, designadamente das autoridades sanitárias”, lê-se na nota publicada pelo organismo.
Entendendo que “ninguém pode ser impedido de exercer o seu dever de voto”, a Comissão lembra que “desde a eclosão da pandemia da COVID-19 decorreram quatro eleições para órgãos do poder local, uma eleição regional e duas de âmbito nacional sem que tenha sido identificado pelas autoridades competentes qualquer surto associado a àqueles atos”. Segundo a CNE, em cada secção de voto estarão disponíveis máscaras para os eleitores que as solicitem para utilização no ato da votação. Para a Comissão Nacional de Eleições “é seguro votar”.
A mesma opinião tem o especialista em Saúde Internacional, Tiago Correia, que, em declarações à SIC Notícias, esta sexta-feira, garantiu que “é seguro ir votar no domingo e é importante passar uma mensagem de segurança e de confiança aos eleitores”.
O especialista sublinha que é fundamental que os eleitores cumpram as regras e orientações, nomeadamente a indicação sobre o horário de voto aconselhado para quem está em isolamento, entre as 18h00 e as 19h00.
No entanto, Tiago Correia lamenta que o horário aconselhável para o voto de pessoas isoladas não tenha sido alargado, sendo preferível que o pudessem fazer a partir das 17h00 para evitar aglomerados. O especialista também considera que o número de mesas de voto devia ser superior, alertando para a importância de não haver partilha de canetas e para a desinfeção e arejamentos dos espaços de voto.
Tiago Coreia faz um apelo à “cidadania responsável e ativa” e deixa uma mensagem clara: “As pessoas podem e devem votar em segurança”. O facto de se estar a quebrar a regra do isolamento, diz, é algo a que estamos sujeitos todos os dias, sendo da consciência de cada um saber que esta exceção se aplica apenas para o cumprimento de um direito civil. Para Tiago Correia, a mensagem passada pela ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, e pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, devia ter sido mais clara.
c/SIC Notícias
