CMB vai mesmo avançar com abate de 130 árvores

O pelouro do ambiente do Município de Braga vai proceder ao abate de cerca de 130 árvores. Esta é uma matéria que provocou algumas trocas de palavras mais acesas entre o vereador responsável pelo pelouro do ambiente e o vereador da oposição comunista.
Recorde-se que o tema foi abordado há aproximadamente um ano. Na época o executivo municipal, liderado por Ricardo Rio, decidiu encomendar um estudo à UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – para avaliar de forma rigorosa a saúde de mais de 250 árvores da cidade dos arcebispos. O resultado ditou que apenas 39 necessitavam de ser abatidas.
Esta segunda-feira, Carlos Almeida questionou o executivo sobre esta discrepância, uma vez que o executivo mantém a intenção de abater 130 árvores. Ou seja, a CDU pretende entender “qual o critério utilizado e que se sobrepôs ao estudo”.
O vereador com o pelouro do ambiente, Altino Bessa, explicou que o estudo feito pela instituição de ensino superior do Alto Douro “não abrangeu a totalidade do território”. A título de exemplo, o responsável indicou que na freguesia de S. Vicente a única rua avaliada foi a do cemitério.
Altino Bessa declarou que o motivo pelo qual a autarquia decidiu avançar com o estudo deveu-se ao sentimento de “desconfiança” que tem emergido. Uma premissa sem sentido, na óptica do vereador, sendo que o número de árvores identificadas pelos técnicos da câmara e da universidade coincidem em mais de 90%.
Em resposta Carlos Almeida destaca que este é um tema sensível, logo necessita de ser esclarecido. O comunista garantiu que nunca colocou em causa a competência dos técnicos da autarquia. “Essas são palavras do vereador”, refuta.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, também se pronunciou sobre a matéria. Ricardo Rio lamentou que continue a existir a ideia “maquiavélica” de que a autarquia quer abater árvores sem motivo. “Confiamos nos nossos serviços, ainda assim, para os casos das árvores degradadas por força de podas “radicais” realizadas ao longo dos anos, e que representavam riscos para a segurança pública, pedimos uma opinião externa”. O edil frisou que a câmara irá replantar o mesmo número de árvores que foram abatidas. Importante realçar que as mesmas podem não ser plantadas nos mesmos locais.
Vanessa Batista
