CMB quer capacitar crianças e professores para falar sobre cancro

“Os pais tinham saído de manhã cedo e a Júlia estava impaciente (…) Sabes, minha querida, o pai está doente”. É assim que começa o audiolivro “Os superpoderes da Júlia”, uma história que vai chegar a todas as crianças do primeiro ciclo dos agrupamentos que, esta segunda-feira, assinaram um protocolo com o município de Braga e a Delegação Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). O objetivo é dotar as crianças de “mais conhecimento sobre doenças oncológicas, promover a adoção de hábitos de vida saudável e dotar os docentes, educadores e auxiliares de ferramentas que os ajudem a lidar com a doença oncológica no aluno ou no seu agregado familiar”. O protocolo foi assinado, esta segunda-feira, no salaão nobre dos Paços do Conselho, pelo Agrupamento de Escolas André Soares, Alberto Sampaio, Celeirós, Sá de Miranda e D. Maria II.

Sameiro Araújo, vereadora com o pelouro da saúde e bem-estar, espera que “este protocolo possa

ser extensível a outros municípios” e, nesse sentido, marcarem presença na cerimónia representantes de outras autarquias, como é o caso de Guimarães e Barcelos.

“São medidas como esta que podem fazer a diferença na vida das comunidades”, realçou a vice-presidente da autarquia bracarense.

Cristina Fonseca, coordenadora do departamento de Educação para a Saúde da delegação do Norte da Liga, diz que “não devemos ter medo de falar desta temática com os mais pequenos”.

“Em boa hora, a autarquia de Braga resolveu levar esta história ao 1.º ciclo, não só oferecendo o livro, promovendo a leitura, mas também a teatralização”, apontou, reforçando a importância de “capacitar os professores a continuar o trabalho”. A dramatização será da responsabilidade de técnicos da autarquia, a contextualização será feita por técnicos da LPCC. Em causa está um projeto-piloto, que vai ser testado nas escolas de Braga, e que a Liga espera poder replicar em outros concelhos da região.


Vítor Veloso, presidente da delegação regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, destaca a importância da “educação primária para a redução da incidência da doença oncológica”. “A prevenção primária é fundamental, através dela podemos reduzir a incidência do cancro em 1/3. Demorará bastante tempo a chegar a esse número, mas isto é um bom começo”, sublinhou. Vítor Veloso espera que este seja o primeiro passo para que “cancro deixe de ser aquela palavra terrível, mas uma doença crónica”.

O protocolo entra em vigor nas próximas semanas e será válido por um ano letivo.

Saiba mais sobre o livro, aqui.

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Liliana Oliveira
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