Autarca de Braga descarta novos espaços de rastreio por falta de testes

O município de Braga está no limite da sua intervenção no que toca à testagem de casos do novo coronavírus. À RUM, o presidente da Câmara Municipal de Braga descarta, para já, a abertura de novos espaços de rastreio, uma vez que os testes de diagnóstico para a covid-19 não estão a chegar, logo sem reagentes ou profissionais de saúde não é possível alargar a intervenção.
30% dos infectados no concelho de Braga estão concentrados em lares da terceira idade. Esta quinta-feira foi implementado um plano de contingência no lar da Irmandade de Santa Cruz onde existe um número “substancial de infectados”.
Segundo Ricardo Rio a autarquia tem-se “desdobrado em esforços junto da ARS Norte, ACES e da Universidade do Minho assim como de vários laboratórios privados do país” na tentativa de conseguir aumentar a capacidade de testagem. Uma verdadeira necessidade tendo em conta que o Centro de Rastreio no Forum Braga já tem testes agendados para o mês de Maio, o que é “um prazo totalmente inaceitável”, na opinião do edil.
De acordo com os dados disponibilizados pelo autarca já foram realizados, entre o Hospital de Braga e o Centro de Rastreio da Unilabs mais de 5 mil testes à covid-19. Para além disso, a Câmara Municipal já realizou testes a aproximadamente mil utentes ou profissionais deste universo, de modo a prevenir a propagação do contágio.
Actualmente, Braga é o quinto concelho com o maior número de cidadãos com infecção por covid-19. Esta quinta-feira estavam contabilizados 22 óbitos e 521 doentes infectados. Aos microfones da RUM o autarca confessa que prevê que o número de casos venha a aumentar nos próximos dias, contudo recusa considerar que a situação esteja fora de controlo. “Eu diria que não estamos piores. A situação está a ser retratada de acordo com o que é efectivo”, refere.
Quando questionado sobre se os bracarenses continuam a cumprir as recomendações de distanciamento social e confinamento nas suas habitações, o autarca respondeu de forma positiva sublinhando que o único local, por ventura, onde têm existido aglomerados de pessoas é nas unidades comerciais que, na óptica do edil, “devem ser devidamente fiscalizadas”.
*escrito por Vanessa Batista
