“Claro que é seguro para as famílias irem ao futebol”

A presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto considera que alguns casos nas bancadas são "mais empolados do que propriamente existentes”.

A presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) reconhece que há “questões que devem ser tratadas nos recintos desportivos”. Ainda assim, no seu entender, “não existe uma gravidade brutal”, em comparação com outros países.

Entrevistada no RUM(O) Desportivo, emitido na sexta-feira, Martha Gens falou sobre alguns episódios que têm acontecido nas bancadas, sobretudo em jogos da primeira liga de futebol, como o FC Famalicão vs Benfica e o Estoril Praia vs FC Porto. Para a representante máxima dos adeptos, este tipo de questões são “mais empoladas do que propriamente existentes”. “Em tese, de acordo com a ética desportiva, nem dois ou três casos por semana deviam existir. O problema é que temos de encarar que dois ou três não são 10 nem 20”, acrescenta.


Martha Gens dá o exemplo dos confrontos nas bancadas entre adeptos do Nice e do Colónia antes de um jogo da Liga Conferência, em setembro – mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas -, para referir que são “lutas” que não se sucedem em Portugal. Assinalando que “a criminalidade é transversal a todos os setores da sociedade”, diz ser “seguro para as famílias irem ao futebol”.


Segundo os últimos dados, anunciados em agosto pela Polícia de Segurança Pública, há 244 adeptos proibidos de aceder a recintos desportivos. “Num universo de milhares de pessoas”, a presidente da APDA não considera, em termos proporcionas, “um número particularmente elevado”.


Além disso, especifica que nesses dados estão contempladas contraordenações como a posse e uso de artefactos pirotécnicos e, eventualmente, a utilização de faixas com dimensões superiores a 1×1. “Isto não são episódios de violências, mas contam como tal, de acordo com a lei”, alerta.

Este tipo de limitações, a existência de jogos à segunda-feira, que pressupõem, por vezes, viagens de 400 quilómetros e bilhetes a 25/30 euros para partidas de menor cartaz são algumas das críticas apontadas pela presidente da APDA. “Se é isto que queremos para ter estádios vazios, vamos todos num bom caminho”, culmina.

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Tiago Barquinha
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