CIAJG celebra 10.º aniversário com exposições, conversas e workshops

Exposições, conversas e workshops marcam a celebração dos 10 anos do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG). Inaugurado a 24 de junho de 2012, ano em que a cidade de Guimarães se assumiu como Capital Europeia da Cultura, o CIAJG prepara-se para assinalar a data com uma programação que se estende até setembro.
O ciclo de conversas “Para um novo enredo de vozes” arranca já este sábado, dia 5 de março, e junta, na Black Box, a partir das 16h00, Mário Lúcio e Manuela Ribeiro Sanches, numa conversa sobre “Depois das colonizações?”. A 4 de maio, a conversa reúne Raphael Fonseca e Gabriela Mureb, que vão abordar a exposição “Garganta”. No dia seguinte, o angolano Yonamine fala sobre a exposição “EUUE”. A 8 de maio, José de Guimarães, que deu nome ao equipamento vimaranense, junta-se a Mariana Pinto dos Santos, para falar de “Imaginários primitivistas ontem, hoje e amanhã”. O ciclo encerra a 18 de maio com Carlos Bernardo, Nuno Grande e Eduardo Brito, que vão abordar “o futuro do CIAJG”.
Em abril, decorre, no dia 10, às 17h00, uma conversa com artistas e serão lançadas as edições “Nas margens da ficção”, dando conta “do que os artistas fizeram no último ano”. Entre os dias 18 e 22, a artista Luísa Mota promove um workshop de preparação para a performance que apresenta no dia 7 de maio.
E é precisamente nesse dia que tem início o ciclo de exposições “Voz Multiplicada”, aquele que, para a curadora-geral do CIAJG, Marta Mestre, é o ponto forte da programação. Demonstra “o esforço em dar expressão à produção artística contemporânea”, referiu esta quinta-feira, na apresentação do programa. O piso 1 do CIAJG será palco da exposição “A Língua do Monstro”, de Pedro Barateiro, e o piso 0 acolherá “EU UE/ Amnésia e Dislexia”, de Yonamine. O vimaranense Max Fernandes, que apresenta a sua arte em formato de vídeo, terá em vários espaços do CIAJG a exposição “Preambular o Futuro”. Para o vereador da Cultura, Paulo Silva, a presença deste artista na programação é a prova de que “os artistas vimaranenses não estão arredados do CIAJG, estão lá dentro”.
Marta Mestre destacou a exposição assinada por José de Guimarães, “Manifestos”, que apresenta os quatro manifestos do artista: um da década de 60, “A Arte Perturbadora”, outro da década de 80, “A Ratoeira”, um dos anos 90, “Esta Cultura faz-nos Velhos”, e um último, de 2022, que resulta de um desafio lançado pelo CIAJG, “Quasi Manifesto”.
No piso -1 poderá ainda ser apreciada a exposição do curador convidado, o brasileiro Raphael Fonseca, que retrata um olhar externo sobre o território.
A 18 de maio, este espaço cultural assinala o Dia Internacional dos Museus, com visitas orientadas, entre as 10h00 e as 12h00, o ciclo de exposições, uma oficina de artes visuais, às 14h00, e uma oficina de correspondência “CartaMuseu”, às 15h30.
Marta Mestre elencou ainda dois projetos de continuidade. Um deles, “Triangular”, resulta da parceria com a Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho e com o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura. A curadora destaca a necessidade do “encontro com os alunos, sendo necessário que estes circulem nos espaços culturais da cidade”, mas, acrescentou, “é necessário perguntar-lhes o que querem”. Em maio, decorrem as “Jornadas Indisciplinadas”, momento em que os estudantes “irão assaltar o CIAJG, onde vão expor os seus trabalhos”.
Além disso, prossegue o projeto “Heteróclitos”, com André Tavares e Ivo Poças Martins, da UMinho e UPorto, que
“repensam os suportes expositivo, algo que diz muito sobre a forma como mostramos o asservo”. “É um laboratório de criação de arquitetura”, acrescentou Marta Mestre.
A a restante programação de 2022 será apresentada em setembro.
