Centro de Juventude de Braga há quatro anos a orientar jovens para o sucesso

Há quatro anos que o Centro de Juventude de Braga (CJB) está de portas abertas na rua de Santa Margarida, no mesmo edifício que anteriormente servia apenas como pousada de juventude. Hoje, o equipamento vive uma dinâmica diária de promoção de atividades e disponibilização de ferramentas que o afirmam como um espaço de orientação para o sucesso dos jovens da região, acolhendo de forma constante jovens oriundos de diferentes países, seja apenas de visita como em programas de intercâmbio juvenil.

No dia de ontem, mais de trezentos jovens de várias escolas do Município de Braga dirigiram-se ao espaço intercultural para conhecer o Movimento Associativo Juvenil como momentos dedicados à participação de diversas associações, instituições e organizações, “proporcionando aos jovens uma visão abrangente das oportunidades de envolvimento cívico”, refere fonte do centro em comunicado.

Os papéis ativos de jovens nas comunidades mereceram destaque, ainda na onda das comemorações do Dia Internacional do Voluntariado assinalado também esta semana. Vera Lima, coordenadora da Juventude da Cruz Vermelha Portuguesa de Braga, reafirmou a importância desta iniciativa por dar a conhecer o papel fundamental que as organizações que trabalham com jovens realizam no Concelho de Braga.

Durante a manhã, as organizações RYSE e Society Loving the Planet refletiram sobre as desigualdades sociais e os desafios globais.

No período da tarde, a sessão explorou o papel do associativismo no desenvolvimento de soft e hard skills dos jovens, onde se discutiram as noções de comunicação, resiliência, empatia e eficiência.

André Fernandes, presidente da AISEC in UMinho, salientou as vantagens de crescimento pessoal aquando da sua integração na associação, tais como a criação de uma extensa rede de contactos e conhecimentos, o networking, e as qualidades de liderança.

Ricardo Gomes, da Young Minho Enterprise, refletiu sobre a mais-valia que representa estar numa júnior empresa durante a experiência do Ensino Superior- “Uma Júnior empresa vai complementar-nos com muitos conhecimentos e ensinar-nos a gestão do tempo. Tendo mais responsabilidades, o vosso dia vai ser mais produtivo”.

Carla Couto, da Juventude da Cruz Vermelha de Braga, destacou o compromisso que se faz com as associações, que exigem de todos a adaptabilidade e administração das prioridades e, ainda, o desenvolvimento das capacidades de liderança. Para a jovem, líder “não é apenas quem manda. É quem tenta multiplicar e passar a palavra”.

Fernando Vieira, presidente da Federação das Associações Juvenis do Distrito de Braga e vice-presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis, fechou a sessão da tarde com agradecimentos aos jovens, aos projetos presentes e ao CJB e lembrou o poder juvenil bracarense – “Somos a cidade mais jovem, com mais associações e com mais movimento”.

Pedro Soaresm diretor do CJB assinalou que o espaço “tem como missão a criação de condições excecionais para o trabalho com jovens” lembrando que aqui “podem encontrar as ferramentas para o seu sucesso”. Ao conhecer os programas e as organizações, os jovens encontram as direções para o seu futuro”, sublinhou.

CJB lança trailer de podcast com envolvimento de jovens de onze países

O dia de ontem contou também com a apresentação do trailer do podcast do Projeto Studio Star, produzido pelo CJB, sobre a liberdade de expressão, com a participação de diversos jovens e instituições. Pedro Soares refere que “o processo de criação deste podcast já é uma vitória. Jovens de 11 países do Conselho Europeu estiveram a pensar neste tema. Quanto o podcast for colocado online, a 10 de dezembro, queremos que esta reflexão se estenda”. 

Note-se que o projeto Studio Star é um projeto europeu da rede de Centros de Juventude com Selo de Qualidade do Conselho da Europa. Neste projeto, cada Centro de Juventude envolvido produzirá o seu próprio episódio, e os jovens exploram o conceito de liberdade de expressão, até onde essa liberdade deve ir e qual valor esse direito humano tem nos seus países de origem.