“Centralizado” e “concentrado” é assim que o presidente da CMB descreve o PRR

“Centralizado” e “concentrado” é assim que o presidente do Município de Braga descreve o Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal.
Ricardo Rio participou, esta sexta-feira, no encontro do Grupo PPE no Parlamento Europeu, em Lisboa, que reuniu líderes políticos, eurodeputados, presidentes de câmara e sociedade civil para debater o Mecanismo de Recuperação e Resiliência.
Para o edil bracarense os projetos foram definidos de uma forma “centralizada e concentrados” nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, sem envolver as “autoridades locais” que, segundo o autarca, são as que estão mais capazes e conhecem o terreno para implementar os diversos projetos”.
Ricardo Rio afirmou mesmo que o PRR é uma “grande desilusão” e “não corresponde às expetativas”.
O autarca mostra-se preocupado com o aumento de custos da energia e matérias-primas que pode colocar em causa a execução do PRR.
Invocando o processo de descentralização em curso, Ricardo Rio lamentou que “o governo não esteja a aproveitar as verbas do PRR para acorrer aos graves problemas estruturais que ainda existem nas infra-estruturas de saúde e educação, por exemplo”, preparando-se mesmo para “desviar verbas do novo Quadro Comunitário que deveria estar afecto às autarquias para resolver esses problemas”.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, participou no primeiro painel do encontro que contou com a moderação do eurodeputado Jan Olbrycht e participação, entre outros, da eurodeputada Isabel Benjumea, do presidente de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, do eurodeputado José Manuel Fernandes e de António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
