CeNTI cria viseira com propriedades antivírica e anti-embaciamento

Para ajudar no combate à Covid-19, o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes – , está a desenvolver uma viseira de protecção individual, reutilizável e inovadora, com propriedades antíviricas e anti-embaciamento.

O projecto liderado pelo Centro de Nanotecnologia conta com o apoio do Centro Clínico Académico de Braga e da Moldit, empresa especializada na produção de moldes e componentes plásticos.

À RUM, o director de operações do CeNTI, João Gomes, explicou que, além de ter um novo design, a viseira será mais fácil de colocar do que as tradicionais soluções, assegurando ao seu utilizador maior conforto e segurança. 

“Integra duas novas tecnologias de revestimento de superfície. Na parte exterior terá um revestimento antivírico, enquanto que a superfície que está em contacto com a nossa cara será anti-embaciante, permitindo que o desenho da viseira seja mais próximo da cara e, com isso, proteja mais a área da face. O embaciamento não só dificulta a visão, como cria uma zona húmida, propícia à propagação do virus”, detalhou. 

Por enquanto, a viseira está ainda “numa fase de desenvolvimento”, mas o centro espera que “dentro de um mês todos os ensaios laboratoriais” estejam “validados”, para daqui a “dois meses começar a fazer testes industriais”. 


“Fazemos a transferência de tecnologia para a Moldit, que vai recorrer aos seus parceiros industriais para fazer uma distribuição em larga escala”, acrescentou João Gomes. O objectivo é que o preço da viseira não de distancie muito dos valores praticados actualmente no mercado, embora pretendam que “tenha um pouco de valor acrescentado, compensado pela fácil utilização e funcionalidades”.

CeNTI  ofereceu meio milhar de viseiras a instituições da região


Até ao momento, o CeNTI ofereceu “entre 100 a 200 viseiras ao Hospital de Braga”, para assegurar a protecção de profissionais de saúde e utentes. Mas não ficou por aqui. No total, “meio milhar de viseiras” foram entregues “a instituições próximas de Famalicão, desde os Bombeiros a intituições de apoio social”. 

O CeNTI tem também liderado e participado em outras iniciativas de combate à Covid-19, das quais se destacam a impressão em 3D do aro para fixação da viseira em policarbonato translúcido, a impressão em 3D para prototipagem rápida de componentes para ventiladores pulmonares e o desenvolvimento de revestimentos para efetuar repelência a vírus e evitar condensação (hidrofobicidade) em superfícies/substratos.

Fundado em 2006, o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes – resulta de uma parceria entre três universidades – Aveiro, Minho e Porto – e três entidades tecnológicas, nomeadamente o CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, o CTIC – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro e o CEIIA – Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel.

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Liliana Oliveira
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