Centenas de universitários concentrados junto à Assembleia da República

Centenas de estudantes universitários de norte a sul do país estão junto à escadaria da Assembleia da República para exigir um ensino superior público gratuito, o fim das propinas, mais ação social e mais residências universitárias.

Da UMinho partiu um autocarro cedido pela Associação Académica da Universidade do Minho neste Dia Nacional do Estudante. A manifestação partiu do Rossio em direção à Assembleia da República. Os presidentes das direções e associações académicas reuniram na manhã desta segunda-feira com o líder do principal partido da oposição e ao final da tarde têm uma nova reunião com o ministro da Educação, Ciência e Inovação e com a ministra da Juventude.

Este Dia Nacional do Estudante acontece a menos de dois meses das eleições legislativas antecipadas, situação que é também evidenciada pelo movimento estudantil que exige mais responsabilidades aos partidos que se apresentam a votos. 

Luís Guedes, presidente da AAUMinho admite que este “é um dia em que os olhos estão postos nos estudantes” e que em que o movimento académico deve aproveitar para “apresentar de forma mais direta a realidade dos estudantes do ensino superior, as necessidades e principais preocupações”, nomeadamente a propina e os custos que sobrecarregam as famílias com estudantes no ensino superior público.

Da UMinho partiu um autocarro com estudantes que fizeram questão de marcar presença nesta manifestação nacional.

Ao início da tarde, o presidente da Federação Académica de Lisboa, Pedro Monteiro, falava à imprensa nacional em nome das académicas, alertando, entre as preocupações, para o descongelamento das propinas, previsto pelo governo da Aliança Democrática para 2026/2027. “É um retrocesso do ponto de vista ideológico e do ponto de vista real em termos de custos para os estudantes”, denuncia, acrescentando que o alojamento “é um custo praticamente insuportável para muitos estudantes do ensino superior”.