CEB quer expandir instalações e apostar na qualidade da investigação em vez de quantidade

O alargamento das instalações do CEB – Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho – é uma prioridade para a nova direção. Neste momento, o CEB está em condições de avançar com o projeto de arquitetura. Processo para o qual têm alocados 500 mil euros.


A ideia mais consensual é que o edifício atual, que já não tem capacidade para acolher os mais de 400 investigadores, docentes e alunos, cresça em direção ao parque de estacionamento número sete do campus de Gualtar, da UMinho, em Braga. Passos importantes dados pela última direção para tentar concretizar um sonho com nove anos.

Em declarações à RUM, o recém-empossado diretor do CEB, Nuno Cerca, espera poder contar com o apoio, para além da reitoria, da CCDRN e do Município de Braga para conseguir avançar com a construção do edifício.

CEB tem 60 investigadores com contratos a termo. Eventual saída poderá significar um retrocesso de 20 anos na capacidade de investigação do centro.

Este é um dos problemas que mais preocupa o diretor do CEB e membro fundador da Associação dos Investigadores em Ciência e Tecnologia (ANICT). “A maior parte dos nossos investigadores tem contratos a termo. Dentro de três anos, vamos ter um problema grave a nível nacional. Dos 400 investigadores que temos apenas 24 são docentes de carreira. Temos pessoas há 10 ou 15 anos com contratos precários”, alerta Nuno Cerca.

O responsável está focado também na aposta na qualidade das publicações científicas em vez de na quantidade. A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), nas suas avaliações, tem vindo a beneficiar a quantidade de artigos. Ora, o diretor pretende direcionar o centro para os parâmetros internacionais e, através de prémios de mérito, apoiar a qualidade dos trabalhos para publicação em revistas de renome. Além disso, já foram abertos concursos para mais de uma dezena de lugares para recrutar doutores que irão liderar um gabinete de apoio a candidaturas a projetos europeus, como os ERC, e assim captar mais financiamento.


Nuno Cerca é o primeiro investigador de carreira a dirigir uma das subunidades da Escola de Engenharia da UMinho.


A um dia da sua própria tomada de posse para o segundo mandato à frente da Escola de Engenharia, Pedro Arezes, marcou presença na cerimónia informal, que teve lugar no campus de Gualtar, em Braga. Em declarações à RUM, o responsável garantiu ter “altas expetativas” nesta nova direção que espera continue a proporcionar um desempenho brilhante para o CEB.

Questionado pela RUM sobre as dificuldades levantadas pelo agora diretor do CEB, em relação à liquidez do centro, o presidente da unidade orgânica alerta para os atrasos das entidades financiadoras que levam a dificuldades na execução dos diversos projetos do CEB. A contribuir para este problema está também o contínuo subfinanciada da UMinho pelo Governo. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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