CDU quer maior investimento público para resolver problema do alojamento estudantil

“Falta alojamento, o que há chove dentro” e “Este Governo prometeu, mas do PNAES esqueceu” foram algumas das reivindicações que não passaram ao lado da ação da CDU que reuniu algumas dezenas de estudantes, no campus de Gualtar da Universidade do Minho.
Na ótica da CDU, para dar resposta aos problemas do alojamento dos estudantes da academia, é premente um maior investimento público, sendo que este, no entender de João Oliveira, não deve estar dependente do financiamento comunitário.
O cabeça de lista ao Parlamento Europeu, nas eleições de junho, afirma que Portugal precisa de um “Governo com coragem” para dizer não às limitações impostas pela Europa. “Faltam políticas de investimento público que não deixem os jovens à mercê das regras do mercado de arrendamento” que está cada vez mais competitivo devido à procura quer por famílias quer por trabalhadores deslocados como é o caso dos professores.
Já Sandra Cardoso, que pretende voltar a dar voz aos problemas dos bracarenses na Assembleia da República, faz eco dos relatos de alguns estudantes que dizem pagar 500 euros por um quarto partilhado na cidade dos arcebispos. Despesas que a comunista receia possam vir a agravar o “abandono” no ensino superior, visto que as residências universitárias apenas conseguem dar resposta a “8% dos estudantes deslocados”.
A cabeça de lista da CDU por Braga alerta para o facto de os privados estarem a aproveitar-se dos “dinheiros públicos”, comparando o surgimento de novas residências privadas na cidade dos arcebispos com o crescimento de cogumelos.
“Cerca de 30% dos estudantes da UMinho são bolseiros. O complemento de alojamento para alunos em residências públicas é de 84 euros, o que é manifestamente insuficiente. Aqueles que não têm lugar e optam por uma solução no privado recebem um valor a rondar os 310 euros”, refere.
A comunista sublinha ainda a necessidade de investir na recuperação das residências já existentes como é o caso de Santa Tecla.
