CDU de Guimarães contesta falta de investimento no Plano Ferroviário Nacional

Por iniciativa da CDU de Guimarães, as forças políticas representadas na Assembleia Municipal de Guimarães decidiram realizar uma sessão extraordinária, na quinta-feira da próxima semana, para discutir a proposta do Plano Ferroviário Nacional (PFN), em discussão pública até 28 de fevereiro.
À RUM, Torcato Ribeiro, deputado da CDU na Assembleia Municipal de Guimarães, evidencia a oferta reduzida de transportes públicos no concelho e reafirma a necessidade de uma ligação entre Guimarães e Braga. Segundo o comunista, “o objetivo da sessão é debater alterações e sugestões no sentido de melhorar aquilo que se prevê no documento”, que reúne o conjunto de investimentos e projetos ferroviários previstos concretizar até 2050.
Na opinião da CDU, “a inexistência da ligação ferroviária direta entre Guimarães e Braga constitui um erro e demonstra a falta de planeamento estratégico para o transporte ferroviário no distrito”. Torcato Ribeiro considera que as alternativas que têm sido discutidas, com o metro à superfície ou o BRT, “são alternativas que interessam discutir para um futuro próximo, mas que não solucionam o problema”.
“Guimarães está completamente posta de lado no plano ferroviário nacional, não está previsto qualquer investimento na nossa região”, salienta, condenando a posição da maioria municipal do PS que, no seu entender, “não defende os interesses de Guimarães junto do Governo”. “Alguns responsáveis políticos disseram publicamente que a solução de uma ferrovia é inviável porque é muito cara, mas não há qualquer tipo de plano que sustente aquilo que tem sido dito publicamente”, aponta.
Torcato Ribeiro considera que em termos de mobilidade e das necessidades atuais, “Guimarães está pior do que há 100 anos”. “Neste momento, está mais pobre porque não pode transportar mercadorias pela ferrovia e tem apenas uma linha que, do ponto de vista da funcionalidade, está pior”, refere.
