CDS votará favoravelmente apoio de 20 mil euros ao VAP. Proposta será submetida

O presidente da concelhia de Braga do CDS assume o compromisso de votar favoravelmente um apoio de 20 mil euros para a aquisição de um espaço próprio para o projeto Virar a Página (VAP), caso este pedido seja submetido a votação pela Câmara Municipal de Braga.

Altino Bessa visitou, esta quinta-feira, o restaurante “Luz Natural”, onde está instalado o projeto que proporciona 300 refeições por dia a pessoas necessitadas, sendo que ao sábado o número duplica, visto que no domingo estão encerrados. O Virar a Página já conseguiu perto de 100 mil euros para a aquisição do espaço que já está a ocupar desde setembro de 2019. Atualmente, faltam 20 mil euros para poder avançar para a compra e escritura do espaço.

“Se essa proposta chegar à Câmara Municipal de Braga, nós vamos nos manifestar a favor para que seja apoiada na íntegra. É um compromisso que a autarquia deve ter com este projeto no próximo orçamento para que em janeiro ou fevereiro possam receber essa verba para a valorização do projeto”, declara Altino Bessa em declarações aos jornalistas.

O centrista deixou críticas ao Governo, visto que está a falhar no apoio a projetos como o Virar a Página. Esta inação acaba por sobrecarregar as autarquias que recebem diversos pedidos de auxílio para fazer face às suas necessidades financeiras.

Helena Pina Vaz, mentora do VAP, recorda que em 2020 receberam a visita, ainda nas instalações provisórias no Centro Paroquial de Gualtar, do diretor distrital da Segurança Social. Dois anos passados, a responsável avança que não está previsto nenhum apoio, visto que a Segurança Social diz ter “unidades em funcionamento em número suficiente”, logo não está prevista a abertura de vagas para apoios a cantinas.

Neste momento, o Virar a Página depende de apoios de entidades privadas, principalmente empresas assim como doações de particulares, do MARB – Mercado Abastecedor da Região de Braga e, por vezes, do Banco Alimentar.

Esta falta de apoio ao nível financeiro tem vindo a asfixiar a atuação do projeto que vive sobretudo graças aos voluntários. Helena Pina Vaz garante que até conseguirem adquirir o imóvel para instalar a sede do VAP, disponibilizar formações e criar uma loja para gerar receita para o projeto, não será possível contratar mais funcionários. O VAP conta apenas com uma funcionária que está por estes dias a ser substituída por uma profissional do CLIB – Colégio Luso Internacional de Braga.

Com a chegada do verão, o Virar a Página tem dificuldade em encontrar voluntários principalmente para o período da tarde e ao sábado. A inflação e o aumento do preço das rendas têm levado mais pessoas a procurar esta resposta de ajuda alimentar imediata. Todos os pedidos que chegam ao Virar a Página são alvo de análise, de modo a garantir que não são duplicados apoios ou atribuídos a pessoas que não necessitam do mesmo. Esse processo é feito em dois dias.

Para além de voluntários, o Virar a Página necessita de embalagens e sacos para o transporte das refeições. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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