CDS. Francisco Rodrigues dos Santos vence moção de confiança

Francisco Rodrigues dos Santos venceu a moção de confiança, que foi votada este sábado no Conselho Nacional. A reunião por vídeoconferência começou por volta do meio dia, mas só foi conhecido o resultado da votação durante a madrugada deste domingo.

A moção de confiança à direção de Francisco Rodrigues dos Santos foi aprovada com 144 votos a favor (54,4%), 113 (42,6%) contra e oito (3%) abstenções.

RODRIGUES DOS SANTOS “AMPLAMENTE SATISFEITO”

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que saberá interpretar os resultados e as críticas que foram sendo feitas pelos conselheiros, e salientou que “a clarificação está dada pelo órgão próprio, que é o Conselho Nacional”.

“Sairei daqui presidente de todos os militantes do partido, daqueles que votaram favoravelmente a moção de confiança desta direção mas também, e sobretudo, de todos aqueles que entenderam não votá-la favoravelmente. Especialmente para esses, empenhar-me-ei para convencê-los de que esta direção levará o CDS ao sucesso que merece, a pensar desde logo nas próximas eleições autárquicas”, defendeu.

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou estar “amplamente satisfeito com o resultado” e recusou que pareça “uma vitória poucochinha”, argumentando que houve conselheiros que não foram eleitos pelas estruturas locais, que os dirigentes da sua direção que se demitiram não foram substituídos e que “esta foi uma discussão que convocou o partido a pronunciar-se numa altura particularmente sensível do CDS e do país”.

“O que para mim é verdadeiramente relevante é que o CDS consiga colocar de lado as divergências internas que possam existir, remar todo para o mesmo lado, falar a uma só voz e tocar a rebate”, considerou também.

Após o anúncio dos resultados, Francisco Rodrigues dos Santos apelou aos conselheiros para colocarem de lado as diferenças.

“Quero pedir que o nosso partido possa beneficiar finalmente de um clima de paz interna que nos permita concentrar-nos nos desafios do país, sem nos desviarmos em fraturas e divisões dentro de portas”, afirmou.

VOTAÇÃO SECRETA GEROU POLÉMICA

O presidente da mesa do Conselho Nacional (CN), Filipe Anacoreta Correia, colocou à consideração dos membros a decisão sobre a forma de votação da moção de confiança à comissão política nacional.

Cerca de 240 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde cerca das 12:10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.

Os trabalhos arrancaram à porta fechada, mas foram abertos aos jornalistas a partir das 15:45, após decisão do Conselho Nacional.

Foram vários os conselheiros (mais afetos a Adolfo Mesquita Nunes) que pediram a clarificação sobre o modo como será votada a moção de confiança.

Esta questão provocou uma longa discussão logo após o início da reunião, e nessa altura presidente do CN não se comprometeu com o método de votação da moção de confiança e remeteu essa discussão “para o momento próprio”.

MESQUITA NUNES ABANDONOU O CONSELHO NACIONAL, MAS REGRESSOU DEPOIS

O antigo vice-presidente do CDS-PP, e anunciado candidato à liderança caso se realize um congresso, anunciou que regressou à reunião do Conselho Nacional, depois de ter abandonado em discordância o presidente daquele órgão.

“Saí dos trabalhos porque não pactuo com uma ilegalidade. Volto porque a legalidade, depois de tanta pressão, prevaleceu”, escreveu o dirigente, numa publicação na sua página pessoal na rede social Twitter.

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Carolina Damas
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