CDS Braga propõe regresso da tele-escola para alunos do primeiro ciclo

A concelhia de Braga do CDS pretende a recuperação do modelo de tele-escola, mas adaptado aos tempos actuais. A medida, válida para o terceiro período deste ano lectivo, é destinada aos alunos do primeiro ciclo e terá de ser aprovada pelo partido, a nível nacional, antes de chegar às mãos do Governo.

As escolas portuguesas estão fechadas há cerca de duas semanas devido ao surto do novo coronavírus. Para combater a impossibilidade de haver aulas presenciais, o ensino à distância tem sido o recurso mais utilizado nos diferentes estabelecimentos escolares do país. No entanto, para o presidente do CDS Braga, esse modelo “não tem chegado a todos os alunos”, sendo que essa situação reflete-se sobretudo nas crianças entre os 6 e os 10 anos.

“Aquilo que temos verificados nas últimas semanas é que principalmente os alunos do primeiro ciclo não têm acesso a e-mails, à possibilidade de video-conferências ou a outros métodos tecnológicos que lhes permitam interagir com os professores, como acontece com os mais velhos”, explica.

Nesse sentido, de forma a promover um “ensino muito mais democrático”, Altino Bessa refere que o serviço público de televisão, por intermédio da RTP 2, que “chega a todos os lares”, pode ter um papel importante, através do regresso à tele-escola. 


O presidente da concelhia do CDS destaca ainda que “nem toda a gente tem acesso a computadores e aos meios tecnológicos necessários” para adoptar o sistema de ensino à distância. No modelo proposto pela estrutura partidária local, o Ministério da Educação ficaria encarregue de preparar os diferentes conteúdos elegíveis para o respectivo ano escolar, assim como a distribuição do horário. 



5º e 6º anos podem ser abrangido mas a prioridade é o primeiro ciclo

A versão orginal da Telescola teve emissões regulares entre 1965 e 1987 na RTP. Esta iniciativa que complementava a rede de ensino destinava-se a crianças que não tinham possibilidade de ir à escola. Na época, o público-alvo era os alunos do quinto e sexto anos.


Embora não coloque de parte o segundo ciclo, que “poderá ser também abrangido por esta medida”, Altino Bessa explicita que a proposta do CDS Braga “centra-se no primeiro, nas crianças dos 6 aos 10 anos”. 


O modelo de avaliação adoptado no último período lectivo é um dos temas que mais dúvidas tem levantado na área da educação. Para esta questão, Altino Bessa não sugere qualquer medida, referindo que, neste momento, a prioridade deve ser outra. 


“O que temos em cima da mesa é ‘ou os alunos não terem nada e só voltarem a ter aulas em Setembro ou terem alguma coisa’. Mesmo que esses alunos não tenham uma avaliação efectiva [se a medida do CDS avançar], vão ganhar mais competências, mais alguma aprendizagem e estar melhor preparados para o próximo ano lectivo”, refere.

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Tiago Barquinha
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