Casa do Povo de Martim sonha com espaço próprio e novas valências

Fundada há 80 anos, a Casa do Povo de Martim concentra a sua atividade no rancho folclórico e nas lutas amadoras. Os próximos objetivos passam pela aposta em novas valências.

De acordo com o presidente, entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, os locais normalmente utilizados, cedidos pela Junta de Freguesia, começam a ser insuficientes. Carlos Rodrigues explica que as “condições básicas” estão asseguradas, mas que as dimensões se tornam “pequenas para tanta gente”. “Existe a intenção de há muitos anos [de contar com um espaço próprio], mas falta apoio financeiro”, refere, apelando aos poderes públicos e ao privado que ajudem nesse sentido.

A reboque de uma eventual sede, a Casa do Povo de Martim, registada como uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sonha com a criação de uma creche e/ou de um lar de idosos. Neste momento não há qualquer unidade relacionada com esse setor.

No âmbito desportivo, as lutas amadoras são o foco da Casa do Povo de Martim, depois de já ter apostado no atletismo e sido pioneira na região no futebol feminino, com a secção a vigorar durante 20 anos, até 2018. Um dos objetivos da direção de Carlos Rodrigues é avançar com novas modalidades, mas, confessa, “têm custado a aparecer”. No seu entender, é preciso “alguém com vontade para criar e para mantê-las”.

Casa do Povo de Martim termina ano com medalhas e títulos nacionais

Fundada em 2001, a secção de lutas amadoras conta com quase 60 atletas e disponibiliza quatro vertentes: luta feminina, luta livre olímpica, greco-romana e, mais recentemente, luta na praia. O presidente da IPSS fala num contexto particular vivido em Martim, do ponto de vista desportivo, já que “não há muito escolha”, pois “só existe futebol e luta”.


Em dezembro, em Benavente, a Casa do Povo de Martim sagrou-se vice-campeã nacional de equipas, um mês e meio depois de ter conquistado seis medalhas, cinco de ouro, no Campeonato Nacional de Luta Livre Olímpica, decorrido no Seixal. José Silva, que ganhou o título absoluto em -67 kg, destaca a “importância” de alcançar estes feitos, a nível individual e coletivo, reforçando o papel que a Casa do Povo de Martim tem na modalidade.

Na luta, os desportistas de sexo masculino têm duas vertentes à disposição, a greco-romana e a luta livre olímpica, enquanto as raparigas e mulheres apenas uma. Também no programa, a atleta e dirigente, Jéssica Loureiro, admitiu que há um caminho a percorrer.


“Daquilo que me parece e convivendo com outras atletas, não sinto que seja pensado, digamos assim, como uma desigualdade. Neste momento ainda não interpretemos isso como uma má situação. Simplesmente fomos ensinadas de que há esta modalidade de luta feminina e é assim que é praticada”, refere.

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Tiago Barquinha
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