Carlos Matos (novo presidente do ABC): “A situação financeira está totalmente controlada”

O novo presidente do ABC/UMinho garante que “não há qualquer sinal de alarme nem de perigo de derrapagem financeira nos próximos tempos”. Além da aposta na formação, a questão monetária constitui uma das prioridades para o mandato de três anos, iniciado na última quarta-feira, de Carlos Matos, que ocupava o cargo de vice-presidente desde 2017.
Lembrando os problemas financeiros vividos pelo clube, o dirigente destaca que houve “uma redução significativa do passivo” nos últimos quatro anos e que “todos os acordos com credores têm sido integralmente cumpridos”.
A situação, segundo Carlos Matos, está “perfeitamente controlada”, mas assinala que é necessário “continuar a diminuir o passivo até chegar ao 0”. “Aí teremos outra folga financeira para investir”, acrescenta, denotando a importância de “captar mais sócios e patrocinadores”.
Carlos Matos aponta regresso às competições europeias daqui a duas/três épocas
Definidas as prioridades, o novo líder dos academistas, onde jogou durante 18 anos, 11 deles na equipa principal, refere que existe a ambição de o clube ser “mais competitivo”. Ainda assim, esclarece que esse é “um objetivo a médio prazo e não no imediato”.
Em 2020/2021, o ABC/UMinho ficou em nono lugar na primeira divisão de andebol e não participa nas competições europeias há cinco anos, uma temporada depois de ter sido campeão nacional pela última vez. “Queremos voltar a esse patamar o mais depressa possível. Se tudo correr bem, vamos demorar duas a três épocas até conseguir isso”, perspetiva.
Na busca pelo aumento de competitividade da equipa principal, Carlos Matos refere que é “necessário haver capacidade para fixar os jogadores que vão sendo formados”. O dirigente lamenta que, “cada vez mais cedo, os jovens atletas são aliciados por contratos que o clube não consegue igualar”.
Depois dos “danos muito graves” causados pela pandemia, a intenção passa por “normalizar a formação” e “aumentar o recrutamento, através da reativação de protocolos estabelecidos com agrupamentos de escolas”. “Queremos ter uma base de recrutamento maior para termos mais atletas de qualidade e conseguirmos títulos nas camadas jovens. Só assim estaremos mais perto de apresentar uma equipa sénior mais competente e capaz”.
Em sentido contrário ao de Carlos Matos, o seu antecessor, Rui Silva, passa a vice-presidente, cargo que será também ocupado por Domingos Almeida, Tiago Gomes Cequeira, Jorge Rodrigues e Filipe Ramos.
