Carlos Matos e o apuramento para a ronda principal da Liga Europeia: “É uma tarefa quase hercúlea”

O presidente do ABC/UMinho acredita que é “possível”, mas “extremamente difícil” ficar nos dois primeiros lugares que dão acesso à ronda principal da Liga Europeia de andebol. De regresso às provas continentais sete anos depois, os minhotos encontram o Nexe, da Croácia, o Skjern, da Dinamarca, e o Povazska Bystrica, da Eslováquia, na fase de grupos da segunda competição de clubes mais importante a nível europeu.
No programa conjunto RUM(O) Desportivo/Campus Verbal, emitido na sexta-feira e que é resposto na terça, Carlos Matos falou de “uma tarefa quase hercúlea”, esperando, ainda assim, “conquistar o maior número de pontos para no final fazer as contas”. “O favoritismo está todo do lado do Nexe e no Skjern. O Nexe, que esteve na final four há duas épocas, é um candidato assumido a ganhar a competição, o Skjern é uma equipa também com tradição na prova e o Bystrica, menos conhecido, tem jogadores que formam a base da seleção da Eslováquia”, detalha.
Na liderança do ABC/UMinho desde 2021, o dirigente confessa que o regresso às competições europeias aconteceu “uma época mais cedo” do que tinha delineado. Apesar de ser “ótimo”, ressalta que traz “desafios acrescidos”, nomeadamente na vertente financeira.
A nível nacional, o objetivo para esta época é terminar dentro dos cinco primeiros lugares, que dão acesso às provas europeias e, “se possível, no top-4”, tal como na temporada passada. Com a remodelação promovida pela Federação de Andebol de Portugal para 2023/2024, isso significaria ficar no Grupo A, fase reservada aos quatro melhores da fase regular.
Quanto a um eventual título de campeão, que já foi alcançado 13 vezes, a última em 2015/2016, Carlos Matos acredita ser “possível” a médio/longo prazo. “É uma maratona que nós já começámos, mas que ainda está no início. Se me perguntar se acho que o ABC tem possibilidades de ser campeão nacional nos próximos dois/três anos, sendo realista, dir-lhe-ia que não”, atira.
Para lá chegar, refere, é “preciso dotar o clube de mais patrocinadores, algo que tem sido feito progressivamente, com captação de receita e de sócios”, considerando que “não será preciso o dinheiro que Porto, Sporting e Benfica gastam”. “Se precisar desse dinheiro, a maratona passa a ultramaratona, a ironman, mas o ABC já, por muitas vezes, foi campeão com orçamentos mais baixos”, conclui.
