Carlos Fragoso candidata-se à Câmara de Braga para combater “ideias xenófobas e racistas”

Carlos Fragoso apresenta-se como candidato do Livre à Câmara Municipal de Braga para combater “ideias xenófobas e racistas” que têm sido proliferadas por alguns “partidos neofascistas”. O candidato considera que é necessária “uma luta mais acesa a essas ideias que pensávamos erradicadas da Europa”.
O professor, de 64 anos, reside e trabalha em Braga há mais de três décadas e juntou-se ao Livre por entender que representa “um conjunto de valores, nomeadamente ser um partido libertário, progressista, ecológico e europeísta”, que defende.
Depois de ter recusado juntar-se à coligação Somos Braga (PS/PAN), o partido apresenta-se a sufrágio com a ambição de eleger deputados municipais.
Sentimos que não estavam criadas as condições que julgávamos essenciais para uma coligação
“Não foi possível um acordo. Para nós, pode ser muito mais fácil irmos sozinhos e elegermos, por exemplo, um deputado municipal, que estamos convictos de que vamos eleger deputados municipais, do que, por exemplo, se estivéssemos em coligação e termos um deputado municipal, por exemplo, na 20ª posição”, apontou na grande entrevista à RUM.
O candidato do Livre defende que Braga não ficou melhor com a gestão da coligação protagonizada por Ricardo Rio. “A gestão de Rio trouxe-nos apenas um rio de eventos e um rio de anúncios, rigorosamente mais nada. A obra feita é praticamente nula e as que foram feitas foram obras de cosmética”, atirou.
Carlos Fragoso lamenta que não haja em Braga “uma política relativamente às questões ecológicas, à democracia local, à cidadania, à habitação ou ao urbanismo”.
“Cidade está muito pior do que aquilo que foi deixado pelos anteriores executivos de Mesquita Machado”
Criticando aquilo que considera serem “decisões avulsas”, o candidato diz mesmo que “a cidade está efetivamente muito pior do que aquilo que foi deixado pelos anteriores executivos de Mesquita Machado”.
Quanto ao opositor João Rodrigues, candidato pela coligação Juntos por Braga, Carlos Fragoso acusa-o de partir em vantagem por ter “uma máquina de propaganda, que são os próprios serviços da Câmara”.
As críticas chegam também à gestão socialista. “A gestão de Mesquita Machado não foi de todo uma gestão que nos deixa honrados”, apontou. Ainda assim, o professor reconhece que, apesar de tudo, o antigo autarca do PS “deixou obra na cidade, ao contrário da coligação que está neste momento em funções”.
Livre aberto ao diálogo para cenários pós-eleitorais
Sobre o cenário pós-eleitoral, o candidato do Livre adianta que “se António Braga vencer sem maioria” estará “aberto a conversar com o Partido Socialista”, mas garante que o Livre não será “moleta de ninguém”. “Temos os nossos ideais, temos algumas bandeiras e, se esse cenário efetivamente se verificar, é evidente que estamos abertos ao diálogo e estamos abertos a ser parceiros num futuro elenco camarário que governa a cidade de uma forma progressista, de uma forma ecológica e virada para o futuro”, finalizou.
c/Elsa Moura
