Carlos Almeida “satisfeito por não se ter concretizado a venda” da Confiança

Carlos Almeida estranha o facto de ninguém ter licitado a Fábrica Confiança, esta sexta-feira, e acredita que os potenciais investidores podem estar a tentar baixar o valor base de licitação. Em declarações à RUM, o vereador da CDU no executivo municipal não esconde, ainda assim, a “satisfação por não se ter concretizado a venda”.
Sem interessados na hasta pública desta sexta-feira, foram entretanto divulgados os moldes e a data de uma nova hasta pública. O regulamento vai, entretanto, mudar e as propostas para aquisição da antiga saboaria deverão chegar à autarquia através de carta fechada, até ao dia 10 de Março. Um dia depois, serão divulgadas publicamente.
“Pode estar em causa uma manobra de qualquer operação em que os investidores possam estar a procurar reduzir o valor do imóvel para vir a adquiri-lo por um preço mais baixo do preço base”, apontou Almeida, ainda que o presidente da Câmara já tivesse, entretanto, garantido que o valor da licitação (3.651,121,75 euros) se mantém inalterado na hasta pública agendada para Março.
O comunista garante que ,ainda que “o valor pudesse vir a subir, estaria sempre contra a alienação”.
Carlos Almeida estranha a mudança no regulamento, já que se mantém o valor base. “Não quero acreditar que da parte dos investidores não tenha surgido proposta porque não o quisessem fazer de forma pública”, acrescentou.
Para o comunista, o facto de a autarquia avançar para uma nova hasta pública sem que seja conhecida a decisão do Tribunal quanto à providência cautelar, que a Câmara vai contestar, “confirma a insistência e teimosia de Ricardo Rio”. “Parece que quer fazê-lo a todo o custo, está com uma postura autoritária. Nesta fase, é já uma questão pessoal não é só política. Ricardo Rio quer fazer vingar a sua teimosia até ao limite”, finalizou.
