“Inovação e identidade bracarense” marcam VI Capital da Cultura do Eixo Atlântico

Uma capital repleta de inovação, identidade, valorização dos agentes culturais e do território bracarense. Foi assim que, esta quinta-feira, o Município de Braga apresentou, no Museu D. Diogo de Sousa, a VI Capital da Cultura do Eixo Atlântico que terá sede até Janeiro de 2021 na cidade dos arcebispos. De acordo com a vereadora da cultura, Lídia Dias, este é um percurso que começou a ser traçado em 2018. Este será um ano delineado por uma programação que junta o melhor dos municípios do Norte de Portugal e da Galiza e que irá resultar no fortalecimento do vínculo entre a cidade dos arcebispos e a euro-região.
A vereadora defendeu que a cidade já conta com uma programação enraizada. No entanto, esta será uma oportunidade de Braga sair da sua “zona de conforto”, apostando no Jazz, juntamente com o Theatro Circo e o Gnration. Também na área da música a cidade dos arcebispos irá disponibilizar um Festival Informal de Ópera, em Outubro, organizado pela Associação Musical Sinfonietta de Braga.
Outra das apostas será o festival “Fenda” que terá como base o trabalho da arte urbana. Uma estratégia que pretende alcançar “novos públicos”, em concreto, os mais jovens. Por último, Braga irá criar o primeiro Festival de Música Contemporânea de Raiz, o Noroeste.
Recorde-se que para além destas novas iniciativas, a autarquia tem programada a “contaminação”, de forma positiva, dos restantes eventos da cidade como por exemplo a Noite Branca. Uma forma de criar uma “matriz luso-galaica”. A par desta extensa programação, o Município vai criar um espaço cultural permanente, na antiga Escola Francisco Sanches, onde serão expostas as obras galardoadas pela Bienal do Eixo Atlântico ao longo das sucessivas edições.
CMB investe 400 mil euros na Capital da Cultura do Eixo Atlântico.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, anunciou na cerimónia de apresentação da VI Capital da Cultura do Eixo Atlântico que a autarquia irá investir, em termos de despesa, 400 mil euros. Valor que segundo o edil será colmatado com “receitas directas”.
Recorde-se que o orçamento da Capital da Cultura do Eixo Atlântico conta também com verbas da Xunta da Galicia e da União Europeia.
Ricardo Rio confessou que tem a ambição que este seja “um momento de afirmação da identidade bracarense e que contribua para aumentar a dinâmica cultural de cada uma das cidades que integram esta associação transfronteiriça”. Sendo que várias iniciativas terão lugar fora da cidade dos arcebispos.
Já o Secretário Geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, defendeu que a Capital da Cultura do Eixo Atlântico deve ser uma oportunidade para que os mais jovens consigam dar a conhecer os seus talentos. Para o responsável esta é a melhor forma de rejuvenescer os territórios e fixar população. Xoan Mao felicitou o investimento nas artes urbanas.
Cerimónia de Abertura da VI Capital da Cultura do Eixo Atlântico acontece este sábado, 8 de Fevereiro.
O evento contará com a presença do presidente da CMB, Ricardo Rio e do Secretário Geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao. O momento inclui um concerto de Daniel Pereira Cristo e da Orquestra SonDeSeu, no Altice FORUM Braga, às 21h30. A entrada é livre.
