CAPACIT´ARTE. O projeto que vai ajudar a dar a Braga uma cor mais inclusiva

Nesta primeira edição do “CAPACIT´ARTE – Ponte para a Inclusão”, são 100 os alunos com necessidades especiais que vão começar, já a partir desta terça-feira, a aprender o mundo de uma forma mais lúdica e prática. Dar ao concelho de Braga uma cor mais inclusiva é a meta abraçada por este projeto desenvolvido pelo Município de Braga em parceria com a Cooperativa de Ensino Artístico (CEA).

O pontapé de saída foi dado ao final da manhã, na EB 2,3 Frei Caetano Brandão, com crianças que possuem trissomia 21, baixa visão ou são cadeirantes. Carla Magalhães, técnica da CEA, foi a responsável pela leitura e interpretação do conto “O monstro das cores”. Nesta primeira experiência com o projeto, os meninos e meninas relacionaram, com a ajuda do teatro e música, as cores aos sentimentos.

De acordo com a técnica, todas as atividades que serão desenvolvidas serão divididas em três áreas. “”Eu sou eu” que vai trabalhar a autonomia e o bem-estar dos alunos, “Eu sou espetador” em que vamos fazer apresentações e o “Eu sou artista” em que a ideia é ver o mundo de uma perspetiva diferente”, explica.

Carla Magalhães sublinha que muitas das crianças que integram o projeto não têm linguagem oral, logo estas atividades são formas destas crianças “se expressarem e sentirem bem”.

Neste momento estão alocados ao “CAPACIT´ARTE” 27 mil euros. Carla Sepúlveda, vereadora com a pasta da Educação na Câmara Municipal, frisa que este é um projeto que deve ser prolongado no tempo e alargado a mais escolas do concelho. Nesta primeira fase o projeto será trabalhado em escolas dos agrupamentos: Alberto Sampaio, Carlos Amarante, Maximinos, Real e Sá de Miranda.

“A nossa maior missão é fazer a diferença nas vidas das pessoas. Queremos reforçar a ideia de que é preciso cada vez mais comunidades inclusivas para diminuir as diferenças. Tudo faremos para que tenham as mesmas oportunidades, desenvolvimento e consigam experimentar atividades que podem fazer a diferença”, afirma.

Na EB 2,3 Frei Caetano Brandão, segundo Ana Matos, membro da direção do agrupamento de Maximinos, são oito os alunos que não têm competências para seguir o currículo normal lecionado em sala de aula. Para a responsável este é um projeto que acaba por dar “perspetivas de futuro” quer às crianças quer aos encarregados de educação.

Obras na EB 2,3 Frei Caetano Brandão estão dependentes do Estado.

Não é novidade que professores, pais e alunos estão descontentes há vários anos com a falta de condições da escola EB 2, 3 Frei Caetano Brandão. Há mais de 30 anos sem obras de fundo, o equipamento tem cada vez mais dificuldades em dar resposta às necessidades dos alunos.

Nos últimos anos, a escola tem recebido mais alunos com necessidades especiais e mobilidade reduzida, o que tem levado a alguns remendos, nomeadamente, instalação de rampas para facilitar o acesso de cadeirantes e o nivelamento do pavimento no exterior.

Quando questionada pela RUM sobre esta problemática, a vereadora com a pasta da Educação não escondeu que o equipamento necessita de ser intervencionado pois tem “problemas estruturais”. “Estamos a fazer de tudo para que no âmbito da transferência de competências seja incluída na afetação das verbas do Estado que, até agora, só conta com duas: Trigal Santa Maria e o Agrupamento de escolas de Mosteiro e Cávado”, declara.

Caso não seja contemplada por este processo, Carla Sepúlveda admite que terá de ser a autarquia a “assumir” os trabalhos. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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