Câmara de Guimarães vai medir a qualidade da água em tempo real

A Câmara de Guimarães, através do Laboratório da Paisagem – organismo municipal que estuda e investiga o ambiente em Guimarães – , vai medir a qualidade da água por sensores e disponibilizar os dados numa plataforma online. A ideia já está a ser trabalhada há um ano e faz parte do Plano de Acção para o Desenvolvimento Sustentável 2020-2021, o qual foi apresentado esta segunda-feira em reunião de executivo.
Carlos Ribeiro, director-executivo do Laboratório da Paisagem, explicou que o projecto começou na Horta Pedagógica, atravessada na Ribeira de Couros, em que foram colocados sensores, que monitorizam, em tempo real, a qualidade da água. Os dados são disponibilizados, através de uma plataforma online, aos técnicos do Laboratório mas a ideia passa por “alargar o acesso aos cidadãos, para aumentar a fiabilidade dos dados“.
A monitorização em tempo real vai também permitir aos técnicos perceber, mais rapidamente, a eventual existência de descargas ilegais nas águas do concelho. “Hoje as descargas são denunciadas por quem as vê e as medições em tempo real podem ser um factor muito importante para nos dar uma noção muito mais imediata do tipo de contaminação, permitindo-nos actuar com maior rapidez“, notou.
O responsável lembrou que, no entanto, que o Laboratório da Paisagem “não é uma entidade fiscalizadora” o seu papel passa por “notificar as entidades competentes, como a SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) ou a APA (Agência Portuguesa do Ambiente), de eventuais focos de poluição ou descargas”.
O projecto de monitorização em tempo real através da implementação de sensores vai migrar agora para o Rio Selho para, no futuro, ser criado “um sistema de monitorização global nas linhas de água” do concelho.
O sistema faz parte do Plano de Acção para o Desenvolvimento Sustentável hoje apresentado na reunião de Câmara e que é uma das bases técnicas da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia.
