Câmara de Guimarães reconhece via de acesso ao AvePark como Interesse Público Municipal

A via de ligação ao AvePark, ainda por construir, adquiriu o estatuto de Interesse Público Municipal para que possa ser ocupado terreno classificado como Reserva Ecológica e Reserva Agrícola Nacional. O ponto foi aprovado esta terça-feira na reunião de câmara de Guimarães, com os votos contra da coligação de direita, formada por PSD e CDS.

A estrada em causa surge para tentar uma melhoria nas condições de acessibilidade, segurança e circulação entre o Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães e os principais eixos rodoviários. 


A primeira fase dos trabalhos, o desnivelamento da rotunda de Silvares, com ligação à autoestrada, foi concluída em março do ano passado. A segunda etapa passa pela implementação de uma rotunda, que se vai situar entre a EN 101 e o cruzamento de acesso ao Parque Industrial de Ponte, a Fermentões e às vilas de Ponte e das Taipas.

Para a coligação Juntos por Guimarães, o problema “não está relacionado com o objetivo da obra”. O vereador Bruno Fernandes considera que a solução ideal, que a força política “defende há vários anos”, seria “a criação de uma nova avenida, que ligue a cidade às Taipas, através da Estrada Nacional 101”, em vez de “uma via direta de Ponte até ao AvePark”.


“A requalificação da Estrada Nacional 101 seria o melhor projeto. Iria mais ao encontro das necessidades do concelho. Seria mais rápido e mais barato”, vinca.

Em resposta ao vereador da coligação PSD/CDS, o presidente da Câmara de Guimarães garante que o assunto já foi “amplamente sufragado” pela comunidade e que todos as sugestões foram analisadas na devida altura. Domingos Bragança acrescenta que, além do canal rodoviário, vão ser criadas uma via pedonal e outra ciclável, de modo a que quem vive e/ou trabalhe naquela zona possa “facilmente deslocar-se até à cidade”.



“Esta obra é estruturante e não pode falhar”

O processo referente à ligação ao AvePark foi iniciado em 2015, sete anos depois da inauguração do parque tecnológico. Para Bruno Fernandes, trata-se de “um problema de fundo e estruturante” que já “deveria estar resolvido”. O vereador social democrata refere que “muitas empresas deixaram de se instalar” naquela zona por causa da falta de acessibilidade.

Sobre o horizonte temporal, o presidente da Câmara de Guimarães espera que a obra fique concluída até 2025. Tratando-se de fundos comunitários, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência, Domingos Bragança lembra que há “prazos para cumprir”.

Aprovado o estudo do impacte ambiental por parte da Agência Portuguesa do Ambiente e antes de se avançar para a obra, o próximo passo é a aquisição de terrenos. O autarca espera “chegar a acordo com os proprietários”, evitando ao máximo a expropriação.

“Esta obra é estruturante e não pode falhar. Se falhar, põe em causa o desenvolvimento estratégico do AvePark, onde há investimentos na área da ciência e tecnologia muito importantes. É uma via de coesão territorial e de desenvolvimento económico”, assinala.

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Tiago Barquinha
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