Câmara de Guimarães disponibiliza 272 novas casas a preços controlados

Ao terceiro concurso, a Câmara de Guimarães adquiriu dois dos três lotes, em Azurém e Creixomil, com o intuito de construir habitações a preços acessíveis. No âmbito da OPA – Oferta Pública de Aquisição fica por atribuir um – inicialmente pensado para a freguesia de Costa, mas que agora pode ser alargada a outras zonas -, composto por 61 de um total de 172 fogos.
No entender da vereadora da oposição, que representa a coligação Juntos por Guimarães, Vânia Dias da Silva, é “chocante que nem à terceira o procedimento arranque na totalidade”. No seu entender, a autarquia tem sido “bastante conservadora no preço” – a última proposta rondou os 25 milhões de euros -, receando que o atraso comprometa os prazos definidos para se candidatar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“É preciso um esforço financeiro, até porque o preço da construção aumentou muito. As empresas não fazem ação social, visam o lucro”, atirou no final da reunião de executivo municipal, decorrida esta quinta-feira.
Já o presidente da Câmara de Guimarães diz que existe “um grau de certeza de validação muito grande” no que diz respeito à candidatura que será feita a fundos comunitárias, já que o projeto se enquadra no programa ‘1º Direito’.
Também à espera do PRR vão ficar outras 100 habitações, anunciadas por Domingos Bragança na reunião de executivo. A ideia é que se situem no coração da cidade, nas imediações do Centro Juvenil de S.José e da Igreja de S.Gualter.
O terreno, propriedade do Estado, através do Tesouro, de acordo com Domingos Bragança, poderá ser “cedido num acordo de comodato”. Com as alterações promovidas à Estratégia Local de Habitação, o orçamento alocado a este instrumento triplica para 115 milhões de euros.
