Câmara de Braga vai abater árvores, sempre que se justifique

O vereador do Ambiente na Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, garante que os serviços camarários vão abater as árvores necessárias, sempre que haja uma avaliação técnica que o recomende, salvaguardando pessoas e bens.
A convicção do responsável foi transmitida esta segunda-feira, em resposta ao vereador do PS, Adolfo Macedo, que disse ter sido procurado por vários bracarenses a propósito do abate de 14 árvores, ocorrido no final da semana passada, na rua Frei Caetano Brandão, em pleno centro histórico de Braga. Altino Bessa afirma que “não vai contrariar os relatórios técnicos que assinalam que uma árvore “pode colocar em causa pessoas ou bens”. O centrista deu o exemplo da queda de uma árvore em 2015, junto ao Tribunal de Braga, que resultou na morte de um cidadão que ali passava no momento da queda. “Amanhã posso ser eu a estar no banco dos réus, acusado de homicídio por negligência, porque tinha um parecer a dizer que tinha que se fazer determinado tipo de abate e ele não foi feito”, exemplificou.
Altino Bessa aproveitou para desmentir a ideia de que o abate de árvores serviria para criar mais lugares de estacionamento na rua Frei Caetano Brandão. Entretanto, quase todas as árvores abatidas foram substituídas. Nesta matéria, o vereador do Ambiente lembra também que nem sempre a reposição é feita no imediato por causa da época do ano em questão, daí que por vezes os técnicos optem por deixar um metro de tronco da árvore abatida “para que não haja pessoas a tropeçar”. Quando chega a época adequada para fazer plantações, o restante da árvore é retirada e no seu lugar é plantada uma nova.
Ora, na opinião dos vereadores socialistas, a câmara municipal deve, atempadamente, comunicar o abate de árvores à população para que os bracarenses não sejam apanhados de surpresa e conheçam as razões para tal decisão. No entanto, Bessa considera que não faz sentido comunicar cada procedimento desta natureza, já que o mesmo é feito com base em questões técnicas devidamente fundamentadas. “É um pânico virtual, porque ele não existe, nem nas redes sociais”, atirou o vereador do Ambiente depois de referir que esteve em contacto com comerciantes e transeuntes, no momento do abate, sem que qualquer cidadão tenha manifestado desacordo com o que estava ali a ser feito. “Não temos nada a esconder”, concluiu o vereador.
Segundo o responsável pelo pelouro do Ambiente, entretanto serão plantadas 26 árvores para compensar as que foram retiradas da referida rua.
