Câmara de Braga testa sensores que detetam fumo para combate rápido a incêndio

Braga vai testar este verão um projeto-piloto de deteção de incêndios rurais. A informação foi avançada pelo vereador da Proteção Civil na apresentação do dispositivo Municipal de Vigilância e 1.ª Intervenção, que decorreu esta terça-feira, na Falperra.

Em causa estão, segundo Altino Bessa, oito sensores de “deteção de fumo que permitirão verificar se há um incêndio e darão alertas para que as equipas sigam para o local”. Os sensores, que representam um investimento de dois mil euros, serão colocados, numa primeira fase, na freguesia de Espinho, entre o Sameiro e a Falperra, sendo que, depois, se funcionar, o projeto poderá ser alargado a outras zonas do concelho.

O dispositivo Municipal de Vigilância conta com um efetivo de 34 operacionais e 14 viaturas, enquanto na primeira intervenção o número de operacionais sobe para 187, tendo à disposição 15 viaturas. Este dispositivo conta ainda com mais 15 elementos e 3 viaturas das Unidades Locais de Proteção Civil com equipas operacionais, que atuam em reforço mediante disponibilidade. Tal como a RUM havia adiantado, a autarquia avançou também com a Unidade Local de Proteção Civil da União de Freguesias de Este (São Pedro e São Mamede), que se juntam à de Sobreposta e Pedralva,e com uma nova uma viatura de combate a incêndios florestais – um UNIMOG. O dispositivo contará ainda com um meio aéreo ligeiro e outro pesado, que obrigam a ter uma equipa disponível, numa parceria com os bombeiros voluntários, 12 horas por dia durante toda a época”.

O Regimento de Cavalaria n.º 6 volta a juntar-se ao dispositivo para reforçar a vigilância florestal, “nomeadamente nas áreas do Sameiro e Bom Jesus”, afirmou Vítor Azevedo, coordenador municipal da Proteção Civil.

Entre os meios complementares de apoio, o município apresenta “máquinas retroescavadoras e cisternas, que estão sempre apostos”.

“Em 90% das situações, os proprietários fazem a limpeza dos terrenos voluntariamente”

Este ano, foram já submetidos perto de uma centena de processos identificação e notificação aos proprietários, por incumprimento da limpeza dos terrenos. Vítor Azevedo apela à população para que, nesta fase, não faça queimadas, que são responsáveis por “cerca de 70% dos incêndios florestais”.

O projeto Cuidar Braga conta, agora, com um “acréscimo de meios, nomeadamente de equipamentos pesados, como tratores e trituradores, num investimento de cerca de 200 mil euros, no sentido de evitar que as pessoas queimem as sobrantes resultantes do corte de matéria de combustível florestal”. A Câmara está disponível pata ir aos locais e destruir os sobrantes sem o recurso à queima, de forma gratuita.

Vítor Azevedo diz que “em 90% das situações, os proprietários fazem a limpeza dos terrenos voluntariamente”.

Depois da abordagem inicial, os proprietários são notificados. Este ano, dos cerca de “60 processos de notificação, avançaram para a execução coerciva cerca de quatro ou cinco”.

“o ano passado fizemos cerca de 150 notificações”, comparou o responsável.

Câmara de Braga investe mais de 1ME em Proteção Civil, por ser uma área “prioritária”

Desde 2013, o município ganhou, segundo o vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, “duas equipas de sapadores florestais, que fazem, para além de todo o plano de gestão de limpeza da floresta, nestas faixas de cerca de 30 quilómetros, num investimento do município de 100 mil euros por ano”. “Investimos naquilo que é o nosso sistema de comunicações, com o valor de cerca de 10 mil euros”, acrescentou Bessa.

O vereador apontou ainda “o contrato de manutenção de mais de 40 quilómetros de caminhos florestais, num total de 65 mil euros, para facilitar a chegada dos meios”. 

“Não podemos prometer que não vai haver incêndios, mas podemos prometer que vamos ter um dispositivo capaz e preparado”, finalizou o vereador.

“Nunca conseguiremos garantir uma segurança absoluta, porque, infelizmente, as dinâmicas climatéricas dos nossos territórios hoje se vão alterando de tal forma que tornam imprevisíveis diversos fenómenos que naturalmente geram situações de risco, aquilo que qualquer gestor público tem que assegurar é que faz tudo aquilo que está ao seu alcance para minimizar os riscos a que a sua comunidade está exposta”, começou por explicar o presidente da Câmara, Ricardo Rio.

O autarca garante que o município leva “muito a sério a área da proteção civil” e, por isso, “sem contar com aquilo que são os custos em recursos humanos de todos os profissionais, a Câmara investe mais de um milhão de euros por ano” nesta área, dando “uma resposta ao limite das possibilidades”. “É uma área que tem sido tomada como prioritária”, frisou. 

Ricardo Rio lembrou, no entanto, que “a segurança depende de todos e se não houver, por parte da população, práticas condizentes com os padrões de segurança, estão a ser criadas dificuldades a todos estes operacionais”. 

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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