Câmara ainda não chegou a acordo com proprietários dos terrenos onde será construída nova ETAR

A Câmara de Braga ainda não chegou a acordo com os proprietários dos terrenos onde será construída a nova ETAR, em Celeirós. A primeira pedra foi lançada no início deste mês, os terrenos estão identificados e só em caso limite o executivo vai socorrer-se do mecanismo da expropriação.
Ontem, em reunião do executivo, o vereador do PS, Artur Feio, mostrou-se convicto de que, “em 2025, a Agere não vai investir coisa nenhuma”. “Tivemos uma apresentação pública e o lançamento da nova pedra, mas a ETAR não tem terrenos para ser construída, porque os processos de expropriação continuam por avançar, portanto a obra não pode iniciar”, alegou.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, explica que os terrenos ainda não foram necessários e, por isso, a autarquia vai continuar a dialogar com os proprietários e só em último recurso vai avançar com a expropriação.
“Os terrenos estão identificados e, como em todos os processos desta natureza, enveredamos sempre, em primeiro lugar, pela dimensão negocial e pelo diálogo com os proprietários”, afirmou. O autarca lembrou que “os terrenos ainda não foram necessários para a execução da obra”. “Sempre trabalhamos com rede, com o mecanismo que está ao dispor das entidades públicas para a concretização de projetos estratégicos de interesse público, que é o mecanismo da expropriação, mas continuaremos a levar o diálogo com os proprietários até ao limite possível para garantir a disponibilização dos terrenos. Se não chegarmos a um entendimento, vamos socorrer-nos desse mecanismo para termos os terrenos disponíveis quando forem necessários”, finalizou.
A nova ETAR do Este conta com um investimento de cerca de 30 milhões de euros e permitirá tratar os efluentes de cerca de 200 mil habitantes equivalentes, complementando a capacidade existente na ETAR de Frossos. A nova infraestrutura será equipada com tecnologias inovadoras para o tratamento de águas residuais, nomeadamente a produção de energia para autoconsumo e a reutilização de água tratada, contribuindo para a melhoria da qualidade das massas de água locais e a preservação dos ecossistemas.
Com um prazo de execução de um ano e meio, a empreitada terá comparticipação comunitária de nove milhões de euros.
