CAM plantou 500 árvores no Bom Jesus para compensar impacto carbónico da Rampa da Falperra

O Clube Automóvel do Minho (CAM) plantou 500 árvores no Bom Jesus para compensar o impacto carbónico da Rampa da Falperra, em 2023 e 2024.

A iniciativa, realizada em parceria com a Câmara de Braga, teve por base um estudo de impacte ambiental, solicitado pelo CAM a uma entidade externa.

Rogério Peixoto, presidente do Clube Automóvel do Minho, explica que este foi um estudo “caro, que levou todo o lucro da prova de 2023, e exaustivo, já que foram contactados todos os envolvidos na Rampa”.

O estudo concluiu que, para compensar carbonicamente a cidade de Braga pela realização da prova o ano passado, seria necessário plantar “cerca de 250 árvores”. “Achamos que este ano o impacto foi bastante menor, devido às medidas que adotamos, mas consideramos por bem manter o mesmo número de árvores plantadas (250)”, acrescentou. Este é um objetivo que a organização da Rampa da Falperra pretende continuar nos próximos anos, mantendo o objetivo de “chegar a 2030 com uma pegada a roçar o zero”.

De acordo com o vereador do Ambiente, Altino Bessa, a autarquia juntou-se a mais uma iniciativa deste género, que, através de diferentes doações de empresas e entidades, já permitiu plantar cerca de 2500 árvores na mata do Bom Jesus. Isso significa que o objetivo, que passa por atingir as cinco mil, já está a meio. “Isto permite, de alguma forma, o prolongamento da mata, mas, acima de tudo, termos uma zona de proteção à mata que é uma preocupação da Câmara Municipal”, explicou.

FPA quer “emissões zero no desporto automóvel” até 2030

A iniciativa contou com a presença de Pedro Barros, dirigente da Federação Portuguesa de Automobilismo, que tem como “desígnio a sustentabilidade ambiental”. Por isso mesmo, “em 2019, a Federação Internacional de Automobilismo, em linha com esses desígnios, estabeleceu uma agenda própria que pretende em 2030, haver emissões zero no desporto automóvel”, acrescentou. Pedro Barros assume serem necessárias “novas soluções” para a “redução das emissões, mas também para a criação de um processo de compensação pelas emissões que emitimos”. “A Federação avançou, a este propósito, com um trabalho de sensibilização junto de todos os clubes, e estabeleceu protocolos de colaboração com comunidades intermunicipais”, começou por evidenciar. No entanto, há também um reforço na ligação com as universidades para que se incentive investigação em torno do “impacto do desporto automóvel na sustentabilidade ambiental”. “O desporto automóvel está, neste momento, a fazer um trabalho que vai dar frutos a muito curto prazo, que é a substituição dos atuais combustíveis, por combustíveis sintéticos, livres de carbono”, referiu o representante da Federação.

Aliás, nesse sentido, “Portugal foi o primeiro país no mundo em que carros da categoria Rally 2 utilizaram combustível sintético, portanto, zero emissões de CO 2”, em competição. “Somos referenciados como aqueles que estão à frente em termos de sustentabilidade. Neste momento, estamos a preparar a regulamentação para 2025 e vamos alargar a outras categorias e a outras modalidades de desporto automóvel utilização destes combustíveis, que, estou certo, a breve prazo, estarão nas bombas a poder ser utilizadas pelos nossos carros, no dia a dia”, finalizou.

Ontem, foi Dia Mundial da Floresta Autóctone e, para o presidente da Confraria do Bom Jesus, cónego Mário Martins, “não haveria local mais característico para o celebrar”.

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Liliana Oliveira
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