Cabeleireira de Braga interpõe ação contra o Estado. “Pretendo que haja igualdade”

A proprietária do salão de cabeleireiro Hair Clinic, em Braga, interpôs uma ação de intimação para a proteção de direitos, liberdades e garantias contra o Estado português no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.
À RUM, Vânia Oliveira diz que na origem da decisão está o facto de haver profissionais do setor que continuam a trabalhar, nomeadamente com figuras públicas, enquanto a maioria é obrigada a estar fechada.
“Aquilo que eu pretendo é que haja igualdade”, refere, exemplificando: “As figuras públicas estão maquilhadas e com os cabelos arranjados todos os dias e para isso são precisos cabeleireiros… não acho normal que dez mulheres possam estar arranjadas e as restantes não”, atira.
A proprietária salvaguarda que a ação interposta não tem como objetivo fazer com que os cabeleireiros possam reabrir mas sim alertar para “as imagens que estão diariamente à vista de todos”. “Porque é que há cabeleireiras a trabalhar e outras não?”, reforça.
Vânia Oliveira exige também que o lay-off possa ser acedido sem restrições. A cabeleireira não tem acesso ao mecanismo de apoio porque, por motivos de saúde, encerrou o seu estabelecimento durante três anos. “Para uns é tudo e para outros é nada”, critica.
