Bruno Lage deixa de ser treinador do Benfica

O Presidente benfiquista Luís Filipe Vieira disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa após a derrota do Benfica no terreno do Marítimo, que o treinador Bruno Lage colocou o lugar à disposição.
Mas não foi só o treinador que deixou a porta aberta a uma possível saída do clube. Luís Filipe Vieira assumiu-se culpado pela época do Benfica e disse que iria falar com a família quando chegasse a Lisboa.
“Enquanto estive no Benfica nunca verguei a nada e em Lisboa espero não vergar. Mas até lá muito se vai passar. Tenho de falar com a minha família”, disse.
No final das declarações aos jornalistas, Vieira deixou ainda um aviso aos benfiquistas: “uma derrota não é o desespero de ninguém”.
O presidente do Benfica aceitou o pedido de demissão do treinador.
SEGUNDA DERROTA CONSECUTIVA NO CAMPEONATO
O Benfica perdeu esta segunda-feira na visita ao Marítimo por 2-0, em jogo da 29.ª jornada da I Liga. O clube mantém assim o segundo lugar, com 64 pontos.
Esta é a segunda derrota consecutiva dos encarnados no campeonato. Nos últimos 13 jogos, o Benfica venceu por duas vezes, em Barcelos frente ao Gil Vicente e em Vila do Conde frente ao Rio Ave.
Bruno Lage, de 44 anos, levou os encarnados à conquista do título nacional em 2018/19 e esta época arrebatou a Supertaça, mas, nos últimos 13 jogos, apenas venceu dois, sendo eliminado da Liga Europa e comprometendo a revalidação do cetro.
O treinador, natural de Setúbal, assumiu o cargo “provisoriamente” em 3 de janeiro de 2019, substituindo Rui Vitória, numa altura em que o Benfica era quarto na I Liga, a sete pontos da liderança.
No total, Bruno Lage somou 51 vitórias, 12 empates e 13 derrotas (181-76 em golos), em 76 jogos.
Adeptos descontentes após mais uma derrota
Escassos minutos depois da meia-noite, a comitiva do Benfica regressou ao Seixal, depois da derrota (2-0) na Madeira, frente ao Marítimo, que dita a saída de Bruno Lage do comando técnico. Cerca de duas dezenas de adeptos demonstraram o descontentamento perante a situação actual do clube, exibindo tarjas onde pediam a saída de Vieira e do técnico. “Rua”, lia-se.
Houve reforço policial nas imediações do Seixal e o percurso do aeroporto foi feito por uma via alternativa: pela Ponte Vasco da Gama e não 25 de Abril.
Pouco depois os jogadores saíram nas respetivas viaturas, mais uma oportunidade para os adeptos presentes manifestarem a desilusão e descontentamento.
